Líder do PSD afirmou que o PSD está “sempre preparado para eleições” e o líder do PSD “para ser primeiro-ministro”.
Na noite em que uma sondagem posicionou, pela primeira vez em muitos anos, o PSD com mais intenções de votos do que o PS, Luís Montenegro aproveitou o seu discurso no arranque do Conselho Nacional para atirar contra o Governo de António Costa, lembrando a mossa que as sucessivas polémicas causaram, sobretudo ao nível da confiança.
“Dr. António Costa, esta é a sua hora de mostrar o que vale, é a hora de ser merecedor da confiança que recebeu dos portugueses. Dr. António Costa, esta é a sua hora”, afirmou. Prosseguindo em tom provocatório, o líder do PSD mostrou-se disposto a dar mais uma oportunidade ao executivo, sob pena de, caso o resultado não seja o esperado (para o país), pedir eleições antecipadas a Marcelo Rebelo de Sousa.
“No dia em que concluirmos que o Governo não tem condições para prosseguir, não vamos a correr ver quem chega primeiro, não vamos com manobras de diversão. Vamos ao senhor Presidente da República dizer por mais A mais B porque é que a realidade política e económica do país reclama a interrupção da legislatura”, afirmou.
Acrescentou ainda que o PSD está “sempre preparado para eleições” e o líder do PSD “para ser primeiro-ministro”.
Abordando, ainda que de forma indireta, as críticas que lhe foram dirigidas dentro do partido pela posição que assumiu face ao sentido de voto à moção apresentada pela Iniciativa Liberal, em que os sociais-democratas se abstiveram, Montenegro insistiu que “se for preciso concretizar com uma moção de censura, será com consequência.” “Alguém pensa, com bom senso, que é o PS que vai tirar o tapete ao PS? O Governo não cai na Assembleia da República.”
O discurso fez-se ainda de recados para dentro, com o líder a garantir aos restantes membros do partido que o PSD vai ser Governo e “isso já percebeu”. “Tenhamos sangue frio, paciência e inteligência emocional. Não nos deixemos levar por ímpetos repentinos. Nós somos diferentes.”
