A justiça do Vaticano abriu uma investigação a dois ex-diretores do Instituto para Obras de Religião (IOR, conhecido como banco do Vaticano) por alegado desfalque em operações imobiliárias.
O anúncio foi feito hoje pelo porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, que adiantou que foi “o promotor de justiça do Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano quem abriu a investigação”.
A decisão tem a ver com o alegado desfalque de operações “realizadas no período 2001-2008” e a investigação afeta também “um advogado”, acrescentou, escusando-se a revelar nomes.
“O problema foi apresentado à magistratura do Estado da Cidade do Vaticano pela direção do IOR depois das operações de verificação interna terem avançado no ano passado”, disse.
O porta-voz acrescentou que as contas dessas pessoas no IOR foram bloqueadas a título cautelar há algumas semanas.
O papa Francisco comprometeu-se a realizar uma reforma no IOR, instituição afetada por numerosos escândalos financeiros, nomeadamente com o branqueamento de capitais da máfia.
Em abril, Francisco aprovou uma proposta para manter o Instituto para as Obras da Religião (IOR), o Banco do Vaticano, afirmando “a importância da sua missão para o bem da Igreja Católica”.
O IOR é a instituição financeira pela qual passam os fundos das atividades das congregações do mundo inteiro.
/Lusa