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Móveis para fugir e cabelo preso. Como médicos e enfermeiros devem proteger-se contra agressões

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Os profissionais de saúde têm sido, cada vez mais, alvo de agressões nas unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, por isso, têm recebido formação para se protegerem. As “dicas” passam por não usar gravata, nem cabelo solto, e por utilizar móveis como barreira para fugir.

Nos primeiros seis meses deste ano, mais de sete mil profissionais de saúde fizeram formação para aprenderem como se proteger perante situações de agressão no SNS.

Os dados são divulgados pelo Correio da Manhã (CM) que refere que se realizaram 227 acções de formação feitas por instituições de saúde e 139 por elementos da PSP e/ou da GNR.

Os sujeitos destas acções foram médicos, enfermeiros e assistentes técnicos e operacionais que têm sido, cada vez mais, alvo de agressões em hospitais e centros de saúde pelo país.

Entre as medidas de auto-protecção que estão a ser passadas aos profissionais de saúde estão, por exemplo, não usar gravatas, nem lenços, nem cabelo solto, para evitar que os potenciais agressores os possam agarrar.

Mas também é passada a ideia de usar móveis como “barreira” para conseguirem fugir a um eventual agressor.

Casos de agressões quase duplicaram num ano

O número de casos de agressões no SNS quase duplicou em cerca de um ano. O CM refere que “nos primeiros dez meses do ano foram reportadas 1347 situações, enquanto em igual período do ano passado ocorreram 711 casos“.

O número de botões de pânico nas unidades do SNS também aumentou nos últimos anos, passando de 292 em 2019, para 821 em 2021, segundo dados divulgados pelo coordenador do Gabinete de Segurança para a Prevenção e Combate à violência contra os Profissionais de Saúde, sub-intendente Sérgio Vaz Barata, durante o seminário “Violência no Sector da Saúde: Da Prevenção à Acção” que decorreu em Lisboa.

Apesar deste reforço, a insegurança continua a existir.

ZAP //

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8 Comments

  1. só num país como este para dar formação de autoproteção. O que deveria acontecer era as forças de segurança não permitirem estas ocorrências . Se ao mínimo sinal de potencial agressão essa gente deveria ser imediatamente presa e ficar em prisão efetiva para que não repetissem o ato.

  2. Casos concretos: centenas ou milhares de profissionais de saúde e professores são atacados e agredidos todos os anos com tendência para aumento de percentagem anual mas os agressores, quando muito, são identificados e vão em paz.

    Já se agredirem um juiz ou um político nem saem do tribunal, vão directamente para a prisão, porque será?!!! E depois as autoridades políticas vêm dizer que somos TODOS iguais perante a Lei, mas perante qual Lei?!!!! Só se for a deles….

  3. Só num país onde a degradação mental chegou ao seu ápice, fruto de uma massiva estupidificação da população, é que isto pode ocorrer. No dia em que começarem a agredir políticos, magistrados, ou seres de igual “calibre” para sentirem na pele aquilo que pode acontecer a um mero comum, talvez, talvez aí comece o já tardio processo de sensibilização.

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