Área ardida atinge o quarto valor mais elevado desde 2012

SDIS 33/EPA

Os incêndios florestais consumiram até 31 de agosto mais de 106.500 hectares, o quarto valor mais elevado de área ardida dos últimos 10 anos, revelou hoje o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

O último relatório do ICNF indica que, entre 1 de janeiro e 31 de agosto, ocorreram 9.701 incêndios rurais que resultaram em 106.639 hectares (há) de área ardida, entre povoamentos (54.328 ha), matos (42.367 ha) e agricultura (9.944 ha).

“Comparando os valores do ano de 2022 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 15% de incêndios rurais e mais 36% de área ardida relativamente à média anual” dos últimos 10 anos”, precisa o documento.

O relatório avança que o ano de 2022 apresenta, até ao dia 31 de agosto, o sexto valor mais elevado em número de incêndios e o quarto valor mais elevado de área ardida desde 2012.

Estão previstas medidas de estabilização de emergência, o restauro de habitats e redes hidrográficas e a criação de um hub científico e tecnológico.

A principal prioridade é a estabilização das encostas devido ao risco de contaminação das bacias hidrográficas com as primeiras chuvas. A preservação dos habitats de várias espécies também é um dos maiores focos do projeto.

No total, os vários programas terão um financiamento de 25 milhões de euros, segundo avança Jorge Ferreira, vice-presidente da autarquia de Gouveia, ao JN.

ZAP // Lusa

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