Arquivada queixa de Sócrates contra Espírito Santo

André Kosters / Lusa

José Sócrates

Antigo primeiro-ministro tinha apresentado uma queixa por burla contra representantes da Espírito Santo International. Ministério Público arquivou.

A queixa apresentada por José Sócrates contra representantes da Espírito Santo International foi arquivada.

O Jornal de Notícias informa que o Ministério Público de Lisboa decidiu arquivar a queixa do antigo primeiro-ministro.

Os administradores de insolvência desta holding financeira do Grupo Espírito Santo tinham exigido 29 milhões de euros de Sócrates, dentro da Operação Marquês.

José Sócrates acusou o advogado Maître Alain Ru Kavina e o auditor Paul Laplume (os administradores de insolvência do processo) de uma acção cível apresentada ”de forma falsa e ardilosa”.

O antigo líder do Executivo português alegava que a base para essa queixa foram factos que ambos desconheciam “em absoluto” e que não sabiam nem podiam “demonstrar”.

Assim, o socialista queixou-se de ter sido vítima de burla processual qualificada. Um cenário negado pelo Ministério Público: “Não houve qualquer ardil ou criação de engano”

Não houve qualquer crime, continua a entidade: “O que está em causa é a exigência de quantias que alegadamente terão sido indevidamente recebidas”,

Além disso, entre as alegações de José Sócrates, faltaram “factos e motivações” que são exigidos numa queixa de burla.

O Ministério Público também arquivou as queixas de difamação, calúnia e denegação de justiça. Sócrates defendia que a comunicação social soube da acção cível antes de ele próprio ser notificado pela Justiça.

No total, o buraco financeiro da Espírito Santo International é de aproximadamente 7.3 mil milhões de euros.

ZAP //

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