Antigo primeiro-ministro tinha apresentado uma queixa por burla contra representantes da Espírito Santo International. Ministério Público arquivou.
A queixa apresentada por José Sócrates contra representantes da Espírito Santo International foi arquivada.
O Jornal de Notícias informa que o Ministério Público de Lisboa decidiu arquivar a queixa do antigo primeiro-ministro.
Os administradores de insolvência desta holding financeira do Grupo Espírito Santo tinham exigido 29 milhões de euros de Sócrates, dentro da Operação Marquês.
José Sócrates acusou o advogado Maître Alain Ru Kavina e o auditor Paul Laplume (os administradores de insolvência do processo) de uma acção cível apresentada ”de forma falsa e ardilosa”.
O antigo líder do Executivo português alegava que a base para essa queixa foram factos que ambos desconheciam “em absoluto” e que não sabiam nem podiam “demonstrar”.
Assim, o socialista queixou-se de ter sido vítima de burla processual qualificada. Um cenário negado pelo Ministério Público: “Não houve qualquer ardil ou criação de engano”
Não houve qualquer crime, continua a entidade: “O que está em causa é a exigência de quantias que alegadamente terão sido indevidamente recebidas”,
Além disso, entre as alegações de José Sócrates, faltaram “factos e motivações” que são exigidos numa queixa de burla.
O Ministério Público também arquivou as queixas de difamação, calúnia e denegação de justiça. Sócrates defendia que a comunicação social soube da acção cível antes de ele próprio ser notificado pela Justiça.
No total, o buraco financeiro da Espírito Santo International é de aproximadamente 7.3 mil milhões de euros.