Boris Johnson admite que a Rússia está a avançar o Leste da Ucrânia. E terá proposto uma nova aliança militar – desvalorizada na Crimeia.
A Rússia está a avançar na Ucrânia, sobretudo na zona Leste do país, admitiu Boris Johnson.
O primeiro-ministro do Reino Unido disse que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, “com grande custo para si mesmo e para o Exército”, está a conseguir “ganhar terreno” lentamente, no Donbas.
“Putin continua a obter um progresso gradual, lento, mas palpável. Portanto é absolutamente vital que continuemos a apoiar os ucranianos militarmente”, afirmou Boris Johnson, em entrevista à Bloomberg UK.
Neste sábado o ministério da Defesa do Reino Unido admitiu que as forças russas “provavelmente capturaram a maior parte da cidade de Lyman” – cidade importante na estratégia de guerra, um ponto de passagem essencial.
Essa informação foi negada, horas depois, por Anna Malyar, vice-ministra da Defesa da Ucrânia: “Podemos dizer que, de certeza, a situação é difícil, mas as Forças Armadas da Ucrânia estão a reagir”.
Já em diálogo com Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, o líder do Reino Unido disse que a comunidade internacional “tem de continuar a aplicar a máxima pressão económica para invalidar a máquina de guerra de Putin”.
“Ambos os líderes concordaram que é fundamental reforçar a segurança energética e a resistência doméstica na Europa, porque um confronto sem fim na Ucrânia só provocaria mais sofrimento”, acrescenta a nota de imprensa do Governo de Londres.
Nova aliança não assusta
Precisamente relacionada com a resistência europeia, Boris Johnson terá proposto a Volodymyr Zelenskyy a criação de uma nova comunidade europeia, uma nova aliança militar, contra a Rússia.
“Deixem o Boris Johnson guardar as suas histórias de horror para si mesmo. A Rússia não tem medo de novas alianças militares. Nunca tivemos medo de ninguém. A Grã-Bretanha entrou repetidamente em vários blocos contra o nosso país, mas no final ficou sempre sem nada”, reagiu um deputado da Duma estatal da Crimeia, Mikhail Sheremet.
Citado pela agência RIA Novosti, o deputado acredita que essa aliança, se se concretizar, será um fracasso: “Todas as suas tentativas de prejudicar a Rússia estão fadadas ao fracasso. Os nossos adversários vão enfrentar uma vergonha e um esquecimento inevitáveis”.
A verdade é que apesar da enorme desigualdade de meios e da forma bárbara como os russos têm arrasado tudo e todos, têm se visto incapazes de alcançar os seus objetivos, se o ocidente for firme na ajuda militar aos ucranianos e no bloqueio comercial aos russos, estes poderão sair derrotados e desfraldados da contenda com consequências dramáticas para eles por longos anos! Os russos devem saber disso e por essa razão de vez em quando vão soltando cá para fora expressões com propósitos intimida tórios com o propósito de se fazerem fortes!
Ao ponto a que chegaram as coisas ou a Rússia dá cabo do Putin e seus acólitos ou ele dá cabo da Federação Russa.
De qualquer maneira a História diz que os opressores acabam sempre por perder, os russos que escolham!
Subscrevo completamente o que diz esse deputado russo. A agenda mundial definida nos fóruns económicos mundiais encontra na Rússia, na China e noutros rivais dos Estados Unidos uma resistência bastante incómoda. Pobres de nós se não houvessem outras potências para além dos EUA. Obrigado Putin.