Espionagem em Espanha: chefe dos serviços secretos demitida

Party of European Socialists / Flickr

Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol

Paz Esteban era a directora do Centro Nacional de Inteligência, os serviços secretos. Pegasus “tomba” alguém na política, pela primeira vez.

O processo polémico de espionagem em Espanha, conhecido como o caso Pegasus, originou a primeira “queda” na política espanhola.

O Pegasus é um spyware que, se for instalado em telemóveis, permite vigiar a pessoa, ou as pessoas, em causa.

A primeira “vítima” política deste processo, de acordo com a TVE, chama-se Paz Esteban, que era directora do Centro Nacional de Inteligência, os serviços secretos espanhóis.

Paz Esteban já estava no centro das atenções ao longo das semanas e, na quinta-feira passada, esteve perante uma comissão parlamentar a falar sobre o caso.

Nessa sessão, Paz Esteban defendeu-se ao mostrar muitos documentos de acções do Centro Nacional de Inteligência, com diversas autorizações judiciais.

Pedro Sánchez, primeiro-ministro de Espanha, a ministra da Defesa, Margarita Robles, foram controlados neste processo; e também terão estado sob controlo ilegal cerca de 60 políticos catalães e basco, todos pró-independência da sua região.

No entanto, nessa comissão parlamentar, Paz Esteban apresentou autorizações judiciais do Tribunal Supremo para espiar 18 políticos, incluindo o líder catalão Pere Aragonès – mas faltou justificar a espionagem aos outros 42.

Paz Esteban foi a primeira mulher a liderar os serviços secretos em Espanha. Ocupava o cargo desde 2019.

O partido Unidas Podemos quer também a demissão de Margarita Robles, ministra da Defesa.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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