Próxima direção do PS terá menos ministros

Miguel A. Lopes/LUSA

António Costa e Pedro Nuno Santos em ação de campanha para as legislativas

Separação entre as funções governativas e partidárias já constava nas moções estratégicas do partido desde 2016.

Na reunião da comissão política do PS que se seguiu às eleições de 30 de janeiro, que deram ao partido uma maioria absoluta incontestável, António Costa fez saber que seria uma boa altura para terminar com a acumulação de mandatos no Governo e no secretariado pela mesma pessoa, defendendo uma maior dinâmica e autonomia para o partido.

Como tal, Ana Mendes Godinho, Fernando Medina, Mariana Vieira da Silva e Pedro Nuno Santos, todos membros do novo Governo, não deverão integrar a lista para o secretariado nacional do PS, órgão executivo de topo da direção socialista, que António Costa deverá propor para eleição, a qual se realiza sábado de manhã. É esperado que, também por proposta pela comissão nacional, João Torres seja eleito secretário-geral adjunto.

De acordo com o jornal Público, Daniel Adrião, membro da comissão política do PS, tem sido um defensor da separação entre os membros do Governo e a direção da estrutura partidária, incluindo este ponto em todas as moções estratégicas globais que tem apresentado nos congressos do PS desde 2016.

A conquista da maioria absoluta parece ter convencido António Costa a implementar a recomendação, acabando com a presença simultânea da de membros do Governo na direção do partido, sobretudo os que têm tutelas ministeriais. Ainda assim, regista-se uma diminuição de governantes nesta situação, já que também Alexandra Leitão e Graça Freitas integravam o Executivo e ocupavam cargos no secretariado.

A reunião dos socialistas estava inicialmente prevista para o último sábado, 2 de abril, mas foi adiada para dia 9. Segundo o Público, na primeira convocatória, assinada pelo presidente do PS, Carlos César, apenas era referida a eleição de João Torres, como secretário-geral adjunto. Na segunda convocatória vem também referida a eleição do secretariado nacional.

ZAP //

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