Autarca de Kharkiv afirmou que a cidade foi palco de 89 bombardeamentos num só dia.
Depois de posicionar as suas tropas e ataques sobretudo nas zonas norte, sul e este da Ucrânia, a ofensiva russa parece estar a expandir-se para ocidente, uma área que até aqui havia sido poupada, levando muita da população a refugiar-se nas cidades mais próximas das fronteiras com a Polónia e a Eslováquia. De acordo com as mais recentes atualizações, foram bombardeadas as cidades de Lutsk, Ivano.Frankivsk.
Tal como recorda o Público, nos primeiros 16 dias da invasão, as forças russas atacaram Kiev, a norte, as cidades portuárias, junto à Crimeia, e estabeleceram um corredor junto às províncias separatistas de, a Leste. As explosões das últimas horas tiveram como alvos aeroportos, estruturas de aviação militares e fábricas — em linha com um aviso que o presidente ucraniano havia feito à população de que os complexos industriais do país iriam passar a ser um alvo para os invasores.
Os ataques foram confirmados pelos autarcas das duas cidades, Lutsk e Ivano-Frankivsk, no Facebook. Através das suas páginas, Ihor Polishchuk e Ruslan Martsinkiv pediram às populações para permanecerem em casa ou para o fazerem apenas na necessidade de procura de um abrigo. Os dois responsáveis anunciaram ainda a morte de dois soldados ucranianos.
Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa russo, explicou que os ataques de “longo alcance e com alta precisão” neutralizaram os aeródromos de Lutsk e Ivano-Framkivsk. Já Dnipro, cidade no centro do país com um milhão de habitantes, foi atacada por ar, o que motivou uma vítima mortal, presumivelmente num complexo industrial.
Em Lviv, principal cidade do leste da Ucrânia, as sirenes de ataque aéreo voltaram a tocar, apesar de não se ter registado qualquer ocorrência.
Nas últimas horas parece também ter havido desenvolvimentos no que respeita à coluna militar parada nos arredores de Kiev e que chegou a ter cerca de 64 quilómetros. Segundo as imagens de satélite mais recentes, a coluna de veículos parece estar a dispersar para a zonas da floresta da capital ucraniana com o objetivo de se reagrupar noutros pontos estratégicos. À vista pode estar a entrada na parte mais central da cidade.
A leste, os bombardeamentos continuam, com as forças invasoras a fazerem alguns avanços, nomeadamente através das forças separatistas pró-Rússia. Segundo o autarca de Kharkiv, a cidade experienciou num só dia 89 bombardeamentos.
Guerra na Ucrânia
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