Procura supera expectativas e alimentos à base de insetos esgotam nos supermercados

De snacks a chocolates feitos à base de insetos: a procura por este tipo de alimentos tem superado as expectativas iniciais.

Segundo o Jornal de Notícias, os produtos atualmente vendidos em Portugal são confecionados em território nacional, pela Portugal Bugs, e feitos com matéria-prima da União Europeia, isto porque ainda não foi licenciada uma exploração de insetos de criação para a alimentação no país.

No ano passado, foram feitos dois pedidos de licenciamento, um no Norte e outro na região Centro.

O Ministério da Agricultura dá conta ainda de que está em curso “um processo de licenciamento de uma empresa que pretende produzir insetos” para “posterior transformação em farinha destinada à alimentação animal”. A Tecmafoods, sediada em Matosinhos, vai pedir licença para produzir farinha de inseto destinada ao consumo humano.

Os produtos atualmente no mercado ainda são consumidos por um nicho, mas superaram as expectativas iniciais em termos de venda.

Em algumas lojas do Continente, por exemplo, as unidades previstas para três meses venderam-se em apenas um e cerca de 12% dos clientes repetiram ainda a compra. Já no Auchan, tem-se “verificado um aumento na procura”.

Das cadeias contactadas pelo JN, só o Continente e o Auchan têm estes produtos à vendas, mas o Lidl e o Intermarché não fecharam a porta à futura comercialização destes alimentos.

Ao diário, Guilherme Pereira, presidente da associação Portugal Insect, admitiu que os insetos são “um mercado de nicho“. ” São consumidores que procuram alimentações saudáveis e sustentáveis e, ao mesmo tempo, têm uma alimentação flexível.”

O responsável referiu, também, que há várias dificuldades associadas a esta indústria. Na área produtiva, por exemplo, “estamos no início da aprendizagem. Cometem-se erros nesta fase que acabam por nos fazer voltar à estaca zero.

“Para a alimentação animal, o custo de produção dos insetos ainda é muito elevado para competir com outras fontes alimentares. A alimentação humana, como é recente, também não é mercado que peça grandes quantidades de matéria-prima”, acrescentou.

ZAP //

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