Tensão aumenta: EUA escolhe militares que tentarão travar russos

Administração de Joe Biden identifica unidades militares e avisa os cidadãos locais: “Não viajem para a Ucrânia”.

O Governo dos Estados Unidos da América reforçou neste domingo o aviso aos cidadãos: não viajem para a Rússia. O Departamento de Estado responsável continua a colocar a Rússia no nível 4, ou seja, no nível em que a indicação é clara: “não viajar”.

Os norte-americanos justificam esta indicação com vários factores: a tensão com a Ucrânia, os eventuais problemas para cidadãos dos EUA, os limites de auxílio na embaixada na Rússia, a COVID-19, o “terrorismo”, o “assédio a estrangeiros” por parte de funcionários do Governo russo e a “aplicação arbitrária da lei local”.

Obviamente o foco nesta altura é a possível invasão à Ucrânia: “A situação na fronteira é imprevisível e a tensão aumenta”.

No nível 4 está também a Ucrânia, pelo mesmo motivo. A indicação do Governo dos EUA reforça que têm surgido mais ameaças de invasão russa ao território ucraniano, onde pode aumentar “o crime e a agitação civil”.

As áreas mais críticas são Donetsk e Luhansk, onde a capacidade de resposta e de auxílio aos cidadãos dos EUA é (ainda) menor nessas regiões. Ficam também alertas sobre “crimes contra estrangeiros”, atentados políticos e ataques violentos de radicais contra grupos minoritários e polícias.

Miltares identificados

Entretanto, estão quase a ser enviados militares para a zona Leste da Europa, junto à Ucrânia e à Rússia.

A CNN informou nesta segunda-feira que a administração do presidente Joe Biden já está na fase final de identificação, de selecção das unidades militares que irão viajar paratravar a Rússia, caso seja necessário. Cerca de 100 mil militares russos já estarão junto à fronteira com a Ucrânia.

O envio de tropas será em breve – porque o Governo dos EUA acredita que a invasão também será em breve. Deverão ser enviados entre 1.000 e 5.000 soldados, que se juntarão aos já existentes e aos navios e aviões enviados pela NATO.

Foi reduzido o número de funcionários norte-americanos na respectiva embaixada em Kiev, capital da Ucrânia, neste domingo. Uma medida de “cautela”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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