O impasse teve um fim. Governo volta a propor Gouveia e Melo para Chefe do Estado-Maior da Armada

Tiago Petinga / Lusa

O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo

O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo

Governo vai propor a nomeação do vice-almirante Henrique Gouveia e Melo para Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA). Belém ainda não deu luz verde.

Três meses depois de um processo conturbado, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo volta a ser proposto para Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), avança a TSF.

O pedido de exoneração do almirante Mendes Calado, atual CEMA, ainda não chegou a Belém, mas esta quarta-feira há uma reunião do Conselho do Almirantado, que terá de se pronunciar sobre a nomeação de um novo Chefe do Estado-Maior da Armada.

Só depois de ser ouvido o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), o almirante Silva Ribeiro, é que o Governo vai pedir ao Presidente da República a exoneração de Mendes Calado e a consequente nomeação de Gouveia e Melo.

Isto significa que a tomada de posse de Gouveia e Melo como novo CEMA deverá acontecer no final da tarde desta quinta-feira.

O nome de Gouveia e Melo para o cargo estava nos planos do primeiro-ministro já desde o início do ano, mas a sua nomeação ficou suspensa para que o vice-almirante pudesse coordenar a task force responsável pela vacinação contra a covid-19 em Portugal.

Em setembro, o processo complicou-se depois de o Governo ter proposto a demissão de Mendes Calado. A polémica decisão do ministro da Defesa de exonerar o Chefe de Estado-Maior da Armada, com o vice-almirante Gouveia e Melo a ser apontado como o seu possível sucessor, fez tremer as relações entre São Bento e Belém.

Como líder das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa desautorizou o Governo publicamente. António Costa acabou por pedir uma reunião de emergência com o chefe de Estado, tendo a Presidência publicado uma nota após o encontro na qual referia que “ficaram esclarecidos os equívocos suscitados a propósito da Chefia do Estado-Maior da Armada”.

Há três meses, Marcelo salientou que “a palavra final é do Presidente da República”, pelo que se espera que, desta vez, todos os mal-entendidos estejam sanados e os intervenientes políticos em sintonia.

O Expresso escreve que uma das missões que o próximo CEMA tem em mãos passa por ter uma palavra a dizer sobre as próximas promoções a oficiais-generais, que já foram autorizadas pelas Finanças.

Liliana Malainho, ZAP //

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