A agência de notação financeira Fitch reafirmou esta sexta-feira a classificação da dívida pública de Portugal em BB+, que atribuira em abril, e manteve o apreciação positiva da sua perspetiva, através de comunicado.
A justificar a sua decisão, a Fitch considera que “a economia portuguesa continuou a reequilibrar-se”, que “o mercado de trabalho melhorou acentuadamente” e que “as condições de financiamento continuaram a melhorar nos últimos seis meses”.
A agência de notação identificou também alguns riscos que surgiram desde a sua última atribuição de notas.
São os casos da execução orçamental, da redução do ritmo da atividade económica, das taxas negativas do índice de preços no consumidor e do Banco Espírito Santo.
A Moody’s foi a primeira agência de ratings a colocar a notação de Portugal num nível de “lixo”, a 5 de Abril de 2011, iniciando um percurso de sucessivas descidas do rating da dívida pública nacional.
Após as sucessivas subidas nos últimos meses do rating das 3 principais agências de notação (Moody’s, Fitch e Standard & Poor), tinha sido gerada alguma expectativa de que a notação da Fitch desta sexta-feira marcasse o regresso de Portugal aos níveis de “investimento”.
A compra de dívida pública com rating de “lixo” é considerado pelas agências um “investimento especulativo” – e alguns fundos de investimento estão mesmo estatutariamente impedidos de adquirir dívida com ratings “lixo”.
Em julho, a Moody’s subiu o rating de Portugal para “Ba1”, o último escalão de “lixo” antes que a divida pública nacional volte a ter rating de “investimento”.
ZAP / Lusa
