O filme “A metamorfose dos pássaros”, de Catarina Vasconcelos, é o candidato de Portugal a uma nomeação para os Óscares, revelou, esta sexta-feira, a Academia Portuguesa de Cinema.
Segundo a Academia Portuguesa de Cinema, o filme de Catarina Vasconcelos foi o mais votado entre seis obras pré-selecionadas: “A Metamorfose dos Pássaros”, “Nunca Nada Aconteceu”, de Gonçalo Galvão Teles, “O Som que Desce da Terra”, de Sérgio Graciano, “Sombra”, de Bruno Gascon, “Terra Nova”, de Artur Ribeiro, e “O Último Banho”, de David Bonneville.
“Um misto entre documentário e ficção, o filme aborda a história de amor dos avós e a morte da avó paterna da realizadora, que nunca conheceu, baseada nas memórias da infância e juventude da família”, escreve a Academia Portuguesa de Cinema.
O filme parte das memórias de infância e juventude de vários membros da família, mas Catarina Vasconcelos preenche alguns espaços narrativos com ficção e com um imaginário estético que conjuga pintura, fotografia, composições encenadas, cheias de simbolismos.
“A Metamorfose dos Pássaros” é a primeira longa-metragem de Catarina Vasconcelos e teve a sua estreia mundial, em fevereiro de 2020, no Festival de Cinema de Berlim. Estreou-se nos cinemas portugueses a 7 de outubro, somando até agora 5542 espetadores, de acordo com dados do Instituto do Cinema e Audiovisual.
Segundo a distribuidora, “A Metamorfose dos Pássaros” foi em 2020 “o filme português com mais presenças em festivais em todo o mundo e o mais premiado“, tendo sido reconhecido, em particular, com distinções de público de vários países, também da crítica e com prémios de melhor filme, melhor documentário e melhor realização.
O filme foi produzido por Pedro Duarte e Joana Gusmão, contou com apoio financeiro do Instituto do Cinema e do Audiovisual, da RTP e da Fundação Calouste Gulbenkian.
Além de “A Metamorfose dos Pássaros”, Catarina Vasconcelos fez a curta-metragem “Metáfora ou a Tristeza Virada do Avesso” (2014).
A 94.ª edição dos Óscares está marcada para 27 de março de 2022 em Los Angeles, na Califórnia. Os nomeados serão conhecidos a 8 de fevereiro.
No processo de candidaturas às nomeações, outros países já fizeram as suas escolhas, nomeadamente o Brasil, que selecionou “Deserto Particular”, do realizador brasileiro Aly Muritiba. Este filme tem coprodução portuguesa pela Fado Filmes, através de financiamento e participação técnica, nomeadamente na montagem, assinada por Patrícia Saramago, explicou à agência Lusa o produtor Luís Galvão Teles.
França selecionou “Titane”, filme de Julia Ducournau, Palma de Ouro este ano em Cannes, Espanha escolheu “El Buen Patrón”, de Fernando León de Aranoa, a Colômbia selecionou “Memoria”, do tailandês Apichatpong Weerasethakul, protagonizado por Tilda Swinton, a Alemanha candidatou “I’m Your Man”, de Maria Schrader, e a Coreia do Sul “Escape From Mogadishu”, de Ryoo Seung-wan.
Este ano, o Óscar de Melhor Filme Internacional foi para “Mais uma rodada”, de Thomas Vinterberg (Dinamarca).
// Lusa
Os filmes portugueses são sempre tão aborrecidos….com uma acção muita lenta. Será que os americanos gostam deste tipo de filme.