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“Este senhor é primeiro-ministro? Não, mas vai ser“. Em tempo de autárquicas, Pedro Nuno faz campanha dupla

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António Cotrim / Lusa

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos

Pedro Nuno Santos tem aproveitado a campanha autárquica para prosseguir a sua campanha interna. Um dia será sucessor de António Costa e a ocasião é perfeita para ganhar simpatizantes dentro do próprio partido.

Entre sexta e domingo fez 1788 quilómetros para apoiar candidatos autárquicos e fixar apoios para si, com vista no futuro. A sucessão de António Costa está na mira e esta é a ocasião ideal para mostrar as suas ideias.

A campanha de Pedro Nuno Santos tem passado promover candidatos autárquicos do PS, mas também procurar consolidar o poder junto das bases para, no dia em que Costa resolver sair de cena, apresentar a candidatura a secretário-geral.

O último fim de semana serviu para marcar ponto em várias cidades da região norte, onde foi recebido de braços abertos pelos socialistas.

Manuel Baptista, recandidato à Câmara de Melgaço, não tem “dúvidas” que “outros voos esperam” Pedro Nuno e que “brevemente o teremos a abraçar o país”. “Será o nosso futuro secretário-geral e será o nosso primeiro-ministro daqui a pouco tempo”, refere o presidente.

Nos Arcos de Valdevez, um bastião minhoto do PSD desde 1976, a candidata a presidente da Assembleia Municipal, Madalena Alves Pereira, também dá destaque ao assunto da sucessão.

“Há aqui alguém [Pedro Nuno] a quem tenho que agradecer especialmente. Os meus filhos quando o vêem na televisão perguntam: ‘Mãe, este senhor é primeiro-ministro?’. E eu respondo: ‘Não, mas vai ser’”.

Perante os rasgados elogios de que foi alvo no último fim de semana, o ministro das Infraestruturas refere ao Público que estas afirmações são apenas por “simpatia“.

“As pessoas são simpáticas comigo, somente isso”, afirma, insistindo que se trata de uma campanha autárquica e está a fazer o seu trabalho de dirigente nacional ao apoiar os candidatos do PS.

O governante tem mostrado que ganhar a confiança do povo é essencial. Palavras e expressões-chave como “proximidade”, “respeito” e “empatia com o outro e com tudo o que tem a ver com o outro” estão no ADN de Pedro Nuno Santos, e foram repetidamente usadas nos últimos dias.

Por outro lado, nos seus discursos não esqueceu um dos temas que mais tem trazido para cima da mesa: as infraestruturas rodoviárias. Puxa a brasa à sua pasta ministerial quando diz que os investimentos da rodovia e ferrovia que “não deixam o interior para depois”.

Também a habitação, uma das suas pastas no Governo, também foi tema recorrente nas várias regiões do país por onde passou.

O discurso não varia: toda a gente tem direito a ter uma casa onde “possa ser feliz, triste, ter o direito a chorar, a constituir família, a ter filhos”.

A promessa passa por pôr as mãos à obra. “Nós não vamos estar à espera que o mercado consiga providenciar casa aos jovens das famílias de classe média que querem autonomizar-se”, destacou.

ZAP //

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10 Comments

  1. “Nós não vamos estar à espera que o mercado consiga providenciar casa aos jovens das famílias de classe média” disse o ministro das infraestruturas. Eu pergunto: mas ainda há classe médias neste país? O que este governo PS tem feito é destruir a classe média, com impostos e custo de vida elevadíssimos.
    Não é quem ganha OMN nem os muitos ricos que sustentam este país, porque os que ganham o OMN mal dá para as sopas e os muitos ricos têm os seus bens em off shores!

  2. Se esta fatalidade viesse a acontecer, só espero que seja motivo para justificar o pedido de asilo politico a um qualquer país democrático.

  3. Um filho de papá rico, que anda de Ferrari e paga misérias aos trabalhadores, que sempre foi “político” (ou seja, nunca fez nada na vida). Um radical, truculento, comunista (só não milita no partido do coração porque que poleiro) e hipócrita. Deus nos livre!

  4. Passei a maior parte da minha vida em projetos no estrangeiro, desde países centro / norte da Europa, até África e América do Sul.

    Desde que voltei que tenho constatado o atraso agravado de Portugal, sobretudo devido a toda uma teia Partidária que se apoderou do sistema, incompetente e corrupta ; não há sentido de servir, mas de “se servirem”, enriquecendo de uma forma completamente não merecida, sem qualquer controlo da Justiça (corrupção existe em qualquer país,…os mecanismos de controle, funcionam é mais, nos países mais desenvolvidos..) ; são eleitos com base em promessas vagas, não controláveis de terem sido, ou não, executadas, por dependentes dos Partidos (e de quem, maioritariamente pela sua ignorância, ainda acredita que vivemos numa verdadeira Democracia.

    Preparamos jovens para trabalharem e singrarem em países mais desenvolvidos, pois não lhes asseguramos qualquer perspetiva de futuro.

    Quanto maior é o nível de corrupção, maior é o atraso do mesmo país ; considero, cada vez mais, emigrar definitivamente… e, se este sujeito, um incompetente nato, ou similar,…. vier a ser PM, emigro de vez.

    • Portanto, nunca fizeste nada pelo país, voltaste a contar com milagres e agora estás à espera que sejam os “outros” a fazer alguma coisa… muito bem!…

  5. O dono da TAP e da Groundforce quer ser rei de Portugal e dos Algarves? Está mais do que na hora dos portugueses saírem dos seus sofás e irem votar em massa!

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