A mulher do ex-banqueiro, Maria João Salgado, foi dispensada pela defesa de ser ouvida como testemunha. Padre da capela da família foi chamado, mas não apareceu no tribunal.
Maria João Salgado, que deveria ser ouvida esta segunda-feira como testemunha, naquela que é a quinta sessão do julgamento que resulta de separação dos processos da Operação Marquês, foi dispensada pela defesa de Ricardo Salgado.
Segundo o Público, os advogados alegaram que prescindiram desta testemunha como de outras que acabaram por não considerar fundamentais.
Por outro lado, o padre Avelino Alves, sacerdote da capela da família, junto à casa em Cascais, deveria ser ouvido esta segunda-feira, mas não compareceu em tribunal.
De recordar que Ricardo Salgado estava inicialmente acusado de 21 crimes, entre corrupção ativa, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada.
No entanto, a decisão do juiz de instrução Ivo Rosa, a 9 de abril, foi a de o levar a julgamento apenas por três crimes de abuso de confiança, num processo autónomo.
No início da quinta sessão de julgamento os juízes avisaram que queriam marcar para o dia 22 de outubro a audição das últimas três testemunhas, assim como as alegações finais.
De acordo com o Público, a defesa queria adiar as alegações finais sustentando que Ricardo Salgado poderia vir a prestar declarações em tribunal, mas que isso estava dependente dos recursos feitos para o tribunal da Relação.
O julgamento continua com a audição de João Pinho Cardão, diretor financeiro da Rio Forte, umas das sociedades da cúpula do Grupo Espírito Santo.
Os padres também estão acima da lei e só confiam na justiça dos seres imaginários…