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Aparelho móvel de ressonância magnética deteta casos de AVC (e pode revolucionar a medicina)

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Dispositivo médico móvel desempenha um papel significativo na expansão ao acesso à ressonância magnética e pode ser fulcral na descoberta de possíveis derrames.

O aparelho móvel de ressonância magnética (anda sobre rodas) é pioneiro no mundo e pode revolucionar a medicina. O dispositivo já tinha mostrado o seu potencial em testes iniciais, realizados no ano passado, mas agora um estudo conduzido pela Universidade de Yale, e publicado na revista Nature Communications, comprovou a sua eficiência.

Os investigadores perceberam que o aparelho tem capacidade para detetar casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) que precisam de intervenção cirúrgica, com um alto grau de precisão, o que pode significar salvar milhões de vidas.

Desenvolvida pela empresa de tecnologia de saúde Hyperfine, a máquina foi criada como uma alternativa móvel às máquinas de ressonância magnética que são excessivamente grandes, caras e que requerem salas especiais para a atuação dos campos magnéticos.

Por sua vez, o novo aparelho aproveita os avanços na capacidade de computação para diminuir o tamanho dos ímanes necessários para a realização do exame, embalando-os numa máquina que é dez vezes mais leve, vinte vezes mais barata e que gasta trinta vezes menos energia do que as máquinas de ressonância magnética tradicionais.

Para ser utilizada, a parte superior da máquina deve ser colocada em torno da cabeça do paciente e, posteriormente, deve ser ligada a uma tomada elétrica – sem a necessidade de qualquer tipo de equipamento adicional.

“Pode ajudar a salvar vidas”

Para testar o bom funcionamento da máquina, a equipa da Universidade de Yale fez um estudo que envolveu 30 pacientes que foram hospitalizados após lhes terem sido detetados problemas cerebrais, como tumores e derrames. O sistema foi capaz de encontrar problemas em 29 desses indivíduos.

Com o mesmo objetivo inicial, a mesma equipa realizou outro estudo que explora o potencial da máquina de ressonância magnética, especificamente no diagnóstico de AVC. A máquina mostrou-se eficaz ao detetar o problema, mostrando uma precisão de 80%.

Com o AVC a representar uma das maiores causas de morte no mundo, o novo aparelho pode ser importante no seu diagnóstico precoce, que pode levar a uma intervenção capaz de salvar a vida de um paciente.

Só em Portugal, estima-se que ocorram 25 mil novos acidentes vasculares cerebrais por ano, o que se traduz em, aproximadamente, 70 novos casos por dia.

“Não há dúvidas de que este dispositivo pode ajudar a salvar vidas em ambientes com recursos limitados, como hospitais rurais ou em países em desenvolvimento”, destacou Kevin Sheth, um dos autores do estudo.

“Agora também há um caminho para ver como pode ajudar em ambientes modernos. É de importância crítica continuar a recolher mais dados para que possamos maximizar o benefício desta abordagem”, acrescentou o especialista, citado pelo New Atlas.

De acordo com os investigadores, este estudo é o primeiro a usar um dispositivo portátil de ressonância magnética para validar a aparência e as implicações clínicas de uma hemorragia cerebral.

No futuro, os cientistas pretendem usar a nova máquina para explorar o potencial do diagnóstico de traumatismo craniano, tumores cerebrais e detetar pacientes hipertensos que se encontram em risco.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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2 Comments

  1. Será possível uma revisão ortográfica dos textos das notícias antes dos mesmos serem publicados? Gralhas são sempre possíveis agora confundir ímanes com hímens é atroz. Obrigado.

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