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Estas Barbies foram criadas para representar as atletas olímpicas (mas não há nenhuma boneca asiática)

(dr) Mattel

Astronauta, médica ou cientista. A Barbie tem vindo fazer várias representações femininas e agora a empresa que cria as bonecas dedicou uma nova coleção às atletas olímpicas. No entanto, tem vindo a receber várias críticas.

A Mattel – empresa que produz as Barbies – tem recebido inúmeras críticas depois de não ter criado nenhuma boneca asiática na sua coleção dedicada às atletas olímpicas que competiram nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

A marca de brinquedos norte-americana colaborou com os organizadores do Comité Olímpico Internacional (COI) para lançar uma nova linha de bonecas em fevereiro de 2020 especialmente projetadas para a ocasião – que acabou por ser adiada para este ano devido à pandemia de covid-19.

A coleção inclui cinco bonecas que representam os cinco novos desportos que foram incluídos ao programa olímpico de este ano: basebol; escalada; karaté; skate; surf.

“Tóquio 2020 é um evento monumental que une o mundo através do desporto e inspira fãs de todas as idades”, escreveu a diretora de marketing da Mattel, Janet Hsu, num comunicado.

Segundo a responsável, “a Mattel Tokyo 2020 Collection homenageia esses desportos e inspira uma nova geração através do espírito olímpico e da notável tradição atlética”.

Porém, a iniciativa não correu como esperado. Numa tentativa de “destacar a inclusão e inovação”, a empresa acabou por receber uma onda de críticas por se ter esquecido de incluir uma Barbie asiática.

Foram muitos os utilizadores a recorrer as redes sociais para mostrar a indignação e desapontamento pela empresa ter excluído uma boneca asiática, independentemente desta ausência ter sido acidental ou intencional.

“Não vou comprar bonecas Barbie para as minhas duas filhas. Não há nenhuma representação”, escreveu no Twitter a comissária do estado do Michigan, Mai Xiong, que imigrou para os Estados Unidos aos três anos de idade.

Por outro lado, vários utilizadores das redes sociais questionaram a Mattel como poderia esquecer-se de incluir uma Barbie asiática, sobretudo num ano em que os Jogos Olímpicos ocorreram em Tóquio – uma cidade asiática amplamente reconhecida – e com vários asiático-americanos das ilhas do Pacífico (AAPIs) a destacarem-se pelos seus feitos desportivos.

Um desses exemplos foi Sunisa Lee, a primeira Hmong-americana a competir pelos EUA, que fez história como a primeira asiática a ganhar a medalha de ouro na modalidade de ginástica individual geral.

Embora a empresa esteja a ser duramente criticada, também já foi várias vezes elogiada por criar bonecas representativas. Algumas semanas antes da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, a Mattel lançou uma boneca inspirada na tenista japonesa Naomi Osaka como parte da série Barbie Role Model. A boneca esgotou poucas horas depois de ser lançada.

A semana passada, a marca de bonecas também anunciou uma nova Barbie que representa Sarah Gilbert, uma das cientistas que desenvolveu a vacina britânica contra a covid-19.

De acordo com a CNN, a Mattel ainda não comentou o assunto.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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