Esta sexta-feira, no Funchal, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, voltou a distanciar-se do modelo adotado pelo Sporting para os festejos do campeonato.
Os festejos do Sporting, do passado dia 11 de maio, não cumpriram as determinações do Ministério da Administração Interna (MAI), reafirmou Eduardo Cabrita esta manhã, no Funchal. O clube de Alvalade alega que o plano foi acordado em reunião presencial no ministério, mas o governante contraria esta tese.
“Não há nenhuma validação dos festejos. Isso é um delírio de quem diz isso. Os festejos são iniciativa de um clube. O modelo foi definido entre o clube e autarquia, e à PSP cabe-lhe garantir o modelo de segurança”, disse aos jornalistas. “Não cabe ao Governo fazer festejos. Não cabe ao Governo organizá-los”, acrescentou, citado pelo jornal Público.
Cabrita encontra-se na Madeira para uma visita ao sistema de vigilância e controlo costeiro da GNR no arquipélago, que resultou de um investimento de 1,4 milhões de euros. Em declarações aos jornalistas, procurou distanciar-se da polémica relacionada com o relatório da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) sobre os festejos do Sporting.
Da mesma forma, desvalorizou os pedidos de demissão do PSD e do Chega, feitos durante o debate do Estado da Nação, na quarta-feira.
“Não vou falar sobre aquilo que é o estado calamitoso da oposição. Isso resultou do debate de forma muito clara. Aquilo que é essencial são os resultados objetivos”, sublinhou.
O ministro da Administração Interna garante que tem condições para continuar no cargo e recusou dar mais explicações sobre o assunto, remetendo para o relatório da Inspeção-Geral da Administração-Interna (IGAI) divulgado esta semana.
Eduardo Cabrita continua a insistir que o Sporting não cumpriu as determinações do diretor-nacional da PSP, nem colaborou com a IGAI. O clube de Alvalade discorda e já afirmou, em comunicado, que o plano dos festejos foi acordado em reunião presencial no Ministério da Administração Interna.