O presidente da República afirmou hoje, em Braga, que Portugal “se deve regozijar” com a decisão da Irlanda em recusar um programa cautelar depois de terminado o período de ajustamento.
“Nós devemos regozijarmo-nos com esta decisão da Irlanda porque é a prova de que a União Europeia pode ultrapassar as suas dificuldades”, afirmou Cavaco Silva, à margem de uma visita ao mosteiro de S. Martinho de Tibães.
Segundo Cavaco Silva, se Portugal se comparar com a Irlanda, o resultado é positivo para o nosso país mas, ainda assim, “a Irlanda tem mais apoio por parte dos mercados” do que Portugal.
“Felicito o povo irlandês que passou por sacrifícios muito semelhantes aos que os portugueses têm suportado e que agora vêm sinais de um futuro melhor”, disse, lembrando que o “grande desafio” de Portugal é completar o programa de ajustamento com “sucesso”.
Alias, o Presidente da República considerou que Portugal até tem uma realidade mais favorável que a Irlanda.
“Se fizermos a comparação entre a Irlanda e Portugal constatamos que o défice orçamental é menor em Portugal do que na Irlanda, que o valor da divida pública é semelhante nos dois países, que o crescimento económico é semelhante nos dois países quando consideramos o PIB”, apontou.
O Presidente questionou assim o porquê da diferença de tratamento entre os dois países adiantando explicações.
“Há uns autores que dizem que se deve ao facto do crescimento potencial da Irlanda ser maior do que o de Portugal, outros que se deve ao facto de o ambiente político e social na Irlanda ser menos crispado do que em Portugal, outros que é um pais anglo-saxónico, outros que é porque a Irlanda tem um forte apoio dos bancos americanos”, referiu.
/Lusa
Eu diria que é o baixo irc pago pelas empresas ao estado da Irlanda.
Enquanto Portugal insistir em sacar cerca de 30% de irc as empresas portuguesas nao vao ter aqui empresas a investir e a colocar aqui as suas sedes….
Simples.