Engenheiros do Indiana Department of Transportation e da Purdue University, nos Estados Unidos, estão a desenvolver uma nova auto-estrada de betão capaz de carregar os veículos elétricos enquanto estão em movimento.
Fazer uma viagem num carro elétrico sem ter de parar para o carregar é um sonho que, em breve, se pode tornar realidade. Pelo menos, em Indiana, nos Estados Unidos, avança a Interesting Engineering.
O Departamento de Transportes do Indiana (INDOT, na sigla em inglês), a Universidade Purdue e a empresa alemã Magment GmbH juntaram forças para criar o primeiro pavimento de betão com carregamento sem fios do mundo. A ideia é desenvolver um sistema capaz de carregar — sem fios — veículos elétricos enquanto circulam na estrada.
De acordo com o comunicado divulgado pela equipa de engenheiros, está previsto que o projeto avance em três fases primárias, sendo que as duas primeiras — lideradas pelo Programa Conjunto de Investigação sobre Transportes (JTRP) — envolverão vários testes, análise de pavimentos e investigação de otimização.
Uma vez concluídas, será o INDOT a tomar as rédeas do projeto e a assumir a terceira fase, para a qual será construído um local de testagem com um comprimento mínimo de cerca de 400 metros. Isto para que a equipa possa testar a capacidade do betão para carregar camiões pesados que operam a alta potência (200 quilowatts ou mais).
Depois das três fases, o Derpartamento de Transportes irá proceder à utilização da nova tecnologia, construída e aperfeiçoada durante as fases acima mencionadas, para eletrificar um segmento ainda por determinar de uma auto-estrada interestadual no interior do Indiana.
“Este projeto é um verdadeiro passo em frente para o futuro do carregamento dinâmico sem fios”, disse Mauricio Esguerra, CEO da Magment, em comunicado.
Além disso, a nova tecnologia “irá, sem dúvida, estabelecer o padrão para uma eletrificação do transporte acessível, sustentável e eficiente“, acrescentou.
Espera-se que o desenvolvimento da nova estrada de carregamento sem fios arranque no final do verão e, partindo do princípio de que será bem sucedida, esta iniciativa terá tanto de sustentável como de revolucionária.
