Um manifestante pró-Trump foi esta segunda-feira condenado a oito meses de prisão por participar na invasão da câmara do Senado dos Estados Unidos, tornando-se o primeiro condenado pelo ataque ao Capitólio em 6 de janeiro.
Chama-se Paul Allard Hodgkins, tem 38 anos e é o primeiro dos cerca de 800 apoiantes pró-Trump condenado pela Justiça norte-americana por ter participado na invasão da câmara do Senado dos EUA, a 6 de janeiro.
De acordo com a BBC, Paul Allard Hodgkins, do estado da Florida, foi esta segunda-feira condenado a oito meses de prisão e terá pedido desculpas, dizendo que se sente envergonhado pelas suas ações em janeiro.
Discursando de forma calma a partir de um texto preparado, Paul Hodgkins explicou que foi tomado pela euforia nas ruas de Washington, seguindo a multidão até ao Capitólio.
“Se eu soubesse que a manifestação iria complicar-se […], eu nunca teria ido mais longe do que a Avenida da Pensilvânia. Foi uma decisão insensata da minha parte”, disse o arguido em tribunal, citado pela agência de notícias AP.
Inicialmente, os procuradores pediram uma condenação de 18 meses de prisão, referindo que, “como os outros desordeiros, contribuiu para a ameaça coletiva à democracia” ao forçar os congressistas a não reconhecerem vitória eleitoral de Joe Biden, nas eleições de novembro de 2020.
Na sentença, segundo a AP, o juiz Randolph Moss disse que Paul Hodgkins participou num dos piores capítulos da história americana.
“Não foi, em qualquer exagero de imaginação, uma manifestação. Foi um ataque à democracia. Deixou uma mancha que permanecerá em nós e no país por muitos anos”, realçou Randolph Moss.
Como Paul Hodgkins nunca tinha sido acusado por agressão ou danos a propriedade privada, os procuradores salientaram que o condenado merecia alguma benevolência, também por assumir a responsabilidade dos seus atos e confessar culpa.
O advogado de Paul Hodgkins, Patrick N. Leduc, descreveu o seu cliente com um norte-americano que respeita a lei, apesar de viver na zona mais pobre de Tampa (Florida), onde regularmente era voluntário num banco de alimentos.
“É a história de um homem que num dia, durante uma hora, perdeu o rumo, que teve a decisão fatal de seguir a multidão”, acrescentou, de acordo com a AP.
Além disso, qualquer sentença proferida “será insignificante comparada com a vergonha que ele [Hodgkins] carregará para o resto da vida”, defendeu o advogado, citado pelo jornal Expresso.
“Posso dizer, sem sombra de dúvida, que estou verdadeiramente com remorsos e arrependido das minhas ações, não por ter de enfrentar as consequências mas pelos danos que o incidente daquele dia causou e pela forma como feriu este país que eu amo”, afirmou o manifestante durante o julgamento.
Num vídeo datado de 6 de janeiro, Paul Hodgkins aparece, no Senado, com uma camisola da campanha eleitoral de Donald Trump, uma bandeira pendurada ao ombro e óculos junto ao pescoço.
Apoiantes do antigo Presidente dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.
Pelo menos cinco pessoas morreram durante esta invasão, incluindo um agente da Polícia do Capitólio.
Esta pode ser a primeira de muitas sentenças e servir de referência para as centenas de acusações movidas contra os invasores.
Sofia Teixeira Santos, ZAP // Lusa
Havia de ser mais para ter tempo de acalmar!
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Os malucos tomaram conta do manicómio..