Os preços da habitação desaceleraram nos primeiros três meses do ano em 18 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, dos quais 10 da Área Metropolitana de Lisboa e três da do Porto, segundo o INE.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), tendo como referência os 24 municípios do país com mais de 100 mil habitantes, mostram que, entre janeiro e março, Lisboa foi o único município com redução homóloga do preço mediano (-7,9%) e Oeiras o único município da Área Metropolitana de Lisboa com aceleração do preço mediano da habitação (mais 6,9 pontos percentuais).
O preço mediano de alojamentos familiares, no 1º trimestre, foi de 1.241 euros/metro quadrado (m2), traduzindo aumentos de 4,5% face ao trimestre anterior, entre outubro e dezembro de 2020, e de 3,1% face ao primeiro trimestre de 2020, registando o INE uma evolução da taxa de 7,8% para 3,1% entre o 4.º trimestre de 2020 e o 1.º trimestre deste ano, que diz “evidenciar” uma desaceleração dos preços da habitação, interrompendo a aceleração verificada no último trimestre.
Nos primeiros três meses do ano, tal como no trimestre anterior, entre outubro e dezembro de 2020, os preços mais elevados registaram-se nas sub-regiões do Algarve (1.755 euros por metro quadrado, subindo 4,3% face ao período homólogo anterior), da Área Metropolitana de Lisboa (1.685 euros, mais 4,1%) e da Área Metropolitana do Porto (1.333 euros, mais 3,1%).
Também a Região Autónoma da Madeira (1.402 euros por metro quadrado) registou preço mediano superior ao país, mas com um aumento homólogo (1,4%) inferior ao nacional, segundo os dados do INE.
O maior decréscimo, de 19,3%, registou-se na região da Beira e Serra da Estrela, assim como o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (476 euros por metro quadrado).
“Entre as 25 NUTS III [Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos] do país, dez registaram uma diminuição homóloga dos preços da habitação, destacando-se a sub-região Beiras e Serra da Estrela com o maior decréscimo (-19,3%) e o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (476 euros/m2)”, conclui o instituto.
Lisboa continua a registar o preço médio mais alto dos municípios do país (3.257 euros por metro quadrado), seguida por Cascais (2.936 euros), Oeiras (2.536 euros), Porto (2.282 euros) e Odivelas (2.071 euros).
Dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, com exceção de Lisboa, Santa Maria da Feira e Gondomar, todos os municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, registaram, simultaneamente, preços medianos de habitação e taxas de variação homólogas superiores ao resto do país.
// Lusa
O abrandamento do preco das casas em geral e natural numa crise Global desta natureza e como nunca assisti .Nos ultimos 40 anos ja passei por muitas crises mas esta e diferente de todas.