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Funcionários russos que recusem vacina arriscam licença sem vencimento

Os funcionários russos que recusem vacinar-se contra o novo coronavírus, em regiões onde a vacina seja obrigatória, arriscam-se a uma licença sem vencimento, anunciou o ministro do Trabalho da Rússia, Anton Kotiakov.

“Se as autoridades de saúde de uma região tornarem a vacinação obrigatória para certas categorias de trabalhadores, um funcionário não vacinado pode ser suspenso”, disse Anton Kotiakov, no sábado, à imprensa russa, declarações hoje reproduzidas pelo canal do governo para monitorizar as infeções, especificando que a suspensão tem a duração do decreto de vacinação obrigatória.

Perante o aumento de casos, a cidade de Moscovo e a região circundante foram esta semana as primeiras na Rússia a tornar a vacinação obrigatória para funcionários do setor de serviços.

Desde então, sete outras entidades locais, incluindo as da cidade e da região de São Petersburgo, tomaram medidas semelhantes, de acordo com a imprensa russa.

Desde o passado domingo, quando a Rússia apresentou um aumento de 14.723 novos casos em 24 horas, batendo recordes do número de infeções, registou também refluxos com ligeiras baixas, de cerca de 3.000 casos diários.

Segundo as autoridades, esse surto deve-se à variante Delta, registada pela primeira vez na Índia que, segundo o presidente do município de Moscovo, Sergei Sobyanin, afeta quase 90% dos novos pacientes.

O número de novos casos, no entanto, ultrapassou 1.000 em 24 horas, em São Petersburgo, pela primeira vez desde o final de fevereiro.

Desde dezembro, apesar da disponibilidade da vacina russa Sputnik V, apenas 13% da população foi vacinada, segundo o ‘site’ Gogov, que agrega dados das regiões e da imprensa do país, perante a ausência de estatísticas nacionais oficiais.

A Rússia é, com 129.361 mortes registadas pelo governo, o país europeu que regista maior número de óbitos devido à pandemia. O número é elevado para mais do dobro, pela agência de estatísticas Rosstat, que o fixa em cerca de 270 mil mortes desde o início da pandemia, por ter uma definição mais ampla de fatalidades ligadas à Covid.

// Lusa

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