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Espanha 1-1 Polónia | Hino ao desperdício trama La Roja

Marcel Del Pozo / EPA

Marcos Llorente e Tymoteusz Puchacz no Espanha 1-1 Polónia

A Polónia, comandada pelo treinador português Paulo Sousa, empatou hoje a um golo com a Espanha, em Sevilha, em encontro da segunda jornada do Grupo E do Euro2020, mantendo-se ambas sem vitórias.

A formação espanhola, que tinha empatado a zero com a Suécia, adiantou-se no marcador aos 25 minutos, por Álvaro Morata, mas os polacos, derrotados na estreia pela Eslováquia (1-2), empataram aos 54, pelo inevitável Robert Lewandowski.

O polaco Kacper Kozlowski tornou-se neste jogo o mais novo de sempre a disputar um jogo num Campeonato da Europa. Com 17 anos e 246 dias, foi lançado na partida aos 55 minutos, batendo o recorde que estava na posse do inglês Jude Bellingham, que tinha jogado no domingo frente à Croácia com 17 anos e 349 dias.

O Grupo E é liderado pela Suécia, com quatro pontos, contra três da Eslováquia, dois da Espanha, que desperdiçou uma grande penalidade aos 58 minutos, por Gerard Moreno, e um da Polónia.

Espanha foi a dona da bola

O favoritismo era esmagador a favor dos espanhóis, que somavam oito vitórias nos dez jogos anteriores com os polacos, mas a falta de eficácia traiu a selecção de “nuestros hermanos” (que até um penálti falhou).

Já a Polónia do “nosso” Paulo Sousa, que nunca tinha perdido os dois primeiros jogos num Europeu, manteve a tradição e continua a sonhar com o apuramento – tudo ficará decidido na autêntica final que irá disputar frente à Suécia na próxima quarta-feira.

Os comandados de Luis Enrique mandaram no jogo do primeiro ao 45º minuto, no tal estilo à semelhança do “tiki-taka” implantado pelo seu antigo colega Pep Guardiola no Barcelona, como se pode perceber pela posse de bola avassaladora (75% contra 25% dos polacos), mas também pelas acções na área contrária (13 para seis) ou pelos cantos (cinco contra um).

Ainda assim, a Polónia podia ter marcado em cima do intervalo com uma dupla ocasião: Zielinski atirou fortíssimo ao poste e Simón foi gigante ao deter o remate de Lewandowski (único enquadrado dos polacos neste período).

A segunda parte foi ainda mais de sentido único, com a Polónia a fazer somente um remate… que se revelaria decisivo para o desfecho do encontro: precisamente o golo de Lewandowski.

Os espanhóis acamparam na área contrária (19 acções contra apenas quatro polacas e seis remates, tal como no primeiro tempo) e praticamente mantiveram o índice de posse de bola, mas atingiram o pináculo do desperdício com o penálti ao poste de Moreno (e pontapé desenquadrado de Morata) que ajuda bem a explicar o 1-1 final.

Melhor em Campo

Kamil Glik, o patrão da defesa polaca, foi o rei de três parâmetros que contribuem decisivamente para o GoalPoint Rating de 7.0: duelos aéreos defensivos ganhos (quatro), intercepções (três) e alívios (11).

Fez ainda um desarme e três recuperações de posse, além de ter sofrido falta em duas ocasiões, registando uma eficácia de passe de 69 por cento (13 passes efectuados, nove bem sucedidos). Um muro.

Destaques da Espanha

Jordi Alba 6.3 – O elemento que mais passes valiosos (nove) e aproximativos (dez) fez na selecção espanhola. Contabilizou ainda dez recuperações de posse e quatro bloqueios de passe/cruzamento.

Morata 6.0 – O tão criticado avançado espanhol facturou no primeiro dos quatro remates (três enquadrados) que fez em 87 minutos, igualando o registo de David Villa com quatro golos em Campeonatos da Europa: tinha marcado três no EURO 2016 e tem agora apenas Fernando Torres à sua frente (cinco).

Moreno 5.6 – Começou bem, fazendo a assistência para o tento do colega de ataque, mas viria depois a encetar um festival de ocasiões desperdiçadas (quatro), com especial ênfase na grande penalidade (a sexta desperdiçada pela Espanha em Europeus, um recorde).

Destaques da Polónia

Szczesny 6.5 – O guarda-redes da Juventus esteve imperial na defesa da sua baliza, somando quatro intervenções de grande nível (e todas elas a remates dentro da área). Fez ainda seis passes aproximativos, registo assinalável.

Lewandowski 6.5 – O ainda Melhor Jogador do Mundo em título marcou no último de apenas dois remates que fez em todo o jogo, somando o terceiro golo em Campeonatos da Europa diferentes (tinha feito um em 2012 e outro em 2016, esse diante de Portugal).

Kozlowski 4.7 – Seis dias depois de o inglês Bellingham se ter tornado no mais jovem jogador de sempre num Europeu, o médio do Pogon suplantou esse registo ao ser lançado em campo com apenas 17 anos e 245 dias. E ainda deu nas vistas com quatro tentativas de drible (duas conseguidas).

Resumo


ZAP // Lusa / GoalPoint

 


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