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O Euro 2004 “foi a semente” para os bons resultados que Portugal alcançou

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Rafael Ribeiro / CBF

O treinador brasileiro Luiz Felipe Scolari, ex-selecionador de Portugal

Luiz Felipe Scolari, o treinador brasileiro que levou Portugal à final do Euro 2004, a primeira da seleção portuguesa, considerou que esta prova foi a “semente” para os bons resultados que a equipa das quinas tem alcançado nos últimos anos.

Em entrevista ao Diário de Notícias esta quarta-feira divulgada, o técnico que agora representa o Palmeiras fala sobre as últimas conquistas de Portugal, bem como da caminhada do Euro 2004, que a seleção portuguesa acabou por perder frente à Grécia.

“[O Euro 2004] Foi uma semente que foi lançada para os bons resultados que Portugal atingiu. O público entendeu, as pessoas em Portugal entenderam… podemos dizer que o país entendeu. A seleção portuguesa continuou a trabalhar fortemente e de forma séria como nós o fizemos naquela altura, e conseguiram depois os resultados que atingiram nos anos seguintes. E que, aliás, estão a alcançar até hoje”, considerou.

Apesar de Portugal ter perdido a prova, Scolari entende que o trabalho da seleção foi reconhecido e serviu de impuslso: “Vi que não tinha mais o que fazer, porque perdemos. Perdemos a final, mas fomos reconhecidos e tivemos esse sentimento de termos dado o primeiro impulso à seleção portuguesa. Depois a sequência foi dada por outros, com grande qualidade, até aos dias de hoje”.

O treinador elegeu ainda o grupo e a equipa que se formou como uma das melhores decorações do Euro 2004. “A melhor recordação que eu guardo é a de que nós fizemos uma equipa. Juntamente com os jogadores, formávamos uma verdadeira equipa, um grupo, tínhamos um ideal juntos, trabalhámos em conjunto em 2003 e 2004 para chegarmos ao Campeonato da Europa naquelas condições e conseguimos chegar à final”.

“Claro que o objetivo inicial era ganharmos a prova. Mas não conseguimos, infelizmente perdemos aquela final com a Grécia”, lamentou, frisando o ambiente familiar vivido.

“Em determinados momentos, em algumas situações, um ou outro jogador sempre tomou as rédeas da situação, ou tomámos em conjunto decisões sobre o que nos poderia acontecer, assumindo compromissos. Tal e qual como numa família. E então, nós todos nos tratávamos dessa forma, uma família, e fomos assim até ao fim. Portanto, eu acho que podemos dizer que tínhamos uma família no Euro 2004. Eu posso dizer que sim”, reforçou.

ZAP //

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