As segundas presidenciais na Síria desde o início da guerra decorrem esta quarta-feira. É esperado que o Presidente cessante, Bashar al-Assad, consiga um quarto mandato de sete anos.
As eleições na Síria têm já um vencedor antecipado, ainda que o boletim de voto apresente três candidatos. Há poucas (ou nenhumas) dúvidas: Bashar al-Assad deverá ser reeleito Presidente.
Os candidatos Abdullah Salloum Abdullah, ex-vice-ministro dos Assuntos Parlamentares, e Mahmoud Marai, dirigente da oposição interna tolerada, não são considerados uma competição séria e vão a esta eleição mais como figurantes do que como uma ameaça.
Assad, de 55 anos, está já há 21 na Presidência, depois de ter sucedido ao seu pai, Hafez al-Assad, que tinha chegado ao poder em 1970 num golpe de Estado. Resta saber se, agora, consegue fazer melhor do que em 2014, quando obteve 88,7% dos votos.
As eleições vão decorrer nas regiões controladas pelo poder, cerca de dois terços do país. Numa Síria fragmentada, os territórios autónomos curdos do nordeste devem ignorar a votação, que não preocupa igualmente a província de Idleb (noroeste), o último bastião jihadist e rebelde do país.
O conflito devastador na Síria causou, desde o início em 2001, mais de 388.000 mortos e obrigou à fuga de milhões de sírios, refugiados no estrangeiro ou deslocados no país.
Na passada quinta-feira, as embaixadas da Síria em vários países do mundo permitiram a votação dos sírios residentes no estrangeiro.
Em teoria, se não se registar uma maioria absoluta, será organizada uma segunda volta.
Nas últimas eleições, em 2014 – quando pela primeira vez em quase 50 anos houve mais do que um candidato ao cargo, permitido pela mudança da Constituição resultante dos protestos iniciados em 2011 — Al-Assad obteve 88,7% dos votos. Conseguirá superar?
Rússia, Irão, China, Venezuela e Cuba foram convidados para observar o escrutínio, sendo que os Estados Unidos, França e Reino Unido, além de outros países ocidentais, já rejeitaram o resultado.
Uma ação que, segundo o Diário de Notícias, Moscovo considerou “inaceitável”.
ZAP // Lusa
Para além dos países mencionados também a Índia e a Argélia foram convidados a fiscalizar o próximo escrutínio. De notar que a Alemanha não permitiu que os sírios residentes na Alemanha votassem na embaixada da Síria neste país.
Relativamente aos resultados anteriores que os países acima mencionados (Estados Unidos, França e Reino Unido) rejeitaram é natural: não podem por um lado apoiar as organizações terroristas (ISIS, DAESH, etc) desde há praticamente 10 anos, responsáveis por destruírem aquele país, e depois virem a reconhecer os resultados eleitorais de alguém que eles não querem à frente dos destinos desse país e que por isso financiaram essas organizações. E desta vez, imagino, que também não venham a reconhecer os resultados eleitorais se Bashar al- Assad vencer estas eleições.
Bem sintetizado!
Apenas esqueceu-se de referir que este homem é claramente um ditadorzeco.
E o que temos nós ocidentais que meter o nariz onde não somos chamados? Parece-me ter sido essa a razão principal que levou esse país ao estado em que se encontra, é apenas mais um ditador entre vários espalhados pelo mundo, para além disso é cultura nada aconselhável para ocidentais, portanto virar-lhe as costas e deixá-los resolver a situação entre eles!