A Associação ILGA Portugal – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo e o Bloco de Esquerda estão a criticar os Censos 2021 devido à ausência de perguntas relacionadas com identidade de género, o que leva a uma “invisibilidade das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexo”.
“Em Portugal, o sexo legal é binário, o que significa que no cartão de cidadão a opção de sexo legal é feminino ou masculino”, disse ao Público diretora executiva da ILGA Portugal, Marta Ramos, sublinhando a importância de “aferir a identidade de género das pessoas”.
Assim, continuou, “seria possível aferir um conjunto de dados relevantes para a formação de políticas públicas na área dos direitos das pessoas LGBTI”, frisando: “o único levantamento” é “através do estado civil” do “agregado, nada mais”, tratando-se de um método “muito parco, que fica muito aquém da real caracterização no nosso tecido social”.
Para o Bloco de Esquerda, “a invisibilidade das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexo no Censos de 2021 é também uma forma de perpetuar” as discriminações.
O partido perguntou à ministra de Estado e da Presidência que “ações vão ser tomadas pelo Ministério do Estado e da Presidência para que sejam recolhidos dados para tratamento estatístico das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexo”.
O BE pediu ainda a criação, através do Instituto Nacional de Estatíticas (INE), “de um inquérito sobre as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexo, como é exemplo o inquérito sobre as origens étnico-raciais”.
Mas é claro que só há dois sexos. As pessoas nascem com um dos dois. Qual é a duvida nisto?
Existem é várias orientações sexuais. E para o que realmente interessa, o sentido dessa informação até poderia ser “à nascença”. E mesmo que se mude de sexo, o que continua a ser informação pertinente é o que está nos genes. Aliás, a pergunta correcta, para o que interessa, seria se o indivíduo é gene X ou Y, e não propriamente o “sexo”.
Para o que não interessa, estão algumas “histéricas” no be que nem pensam bem no que estão a fazer. Para esses, tinhamos que acomodar ainda mais diferença no “+” da sigla que é pau para toda a obra. Infinito e sempre presente. Não fossem esquecer-se de alguém pelo caminho da sigla… gente triste e azeda…
Se o vosso problema é visibilidade, nada mais simples, é só andarem com um autocolante na testa ou na roupa a dizerem a vossa orientação e deixem-se de tretas!
Haja paciência.
Sempre defendi as liberdades e direitos das pessoas LGBTI mas isto não faz qualquer sentido. A orientação sexual, assim como a identidade de género, são pessoais e não são para o estado saber. Aliás, se o Chega chega ao poder, as pessoas LGBTI não vão de certeza querer que o estado tenha essas informações.