Pilotos da TAP em part-time impedidos de voar por outras companhias

Aero Icarus / Flickr

Quase 800 trabalhadores já se candidataram ao programa de medidas voluntárias apresentado pela companhia aérea. O prazo para aderir termina esta quarta-feira.

O prazo para os trabalhadores da TAP aderirem às medidas voluntárias propostas pela companhia termina esta quarta-feira, depois de ter sido prolongado por dez dias, para dar mais tempo aos colaboradores para decidirem.

De acordo com uma mensagem enviada aos colaboradores em fevereiro, a que a agência Lusa teve acesso, as medidas voluntárias disponíveis contemplam rescisões por mútuo acordo, reformas antecipadas, pré-reformas, trabalho a tempo parcial e licenças sem vencimento.

Segundo o jornal online ECO, quase 800 trabalhadores já se candidataram ao programa de medidas voluntárias. A grande maioria dos pedidos (cerca de 500) diz respeito a rescisões por mútuo acordo e é entre os tripulantes que há mais adesão.

Porém, também há cerca de 100 funcionários que fazem trabalho de escritório na sede que também pretendem abandonar a companhia, entre os quais diretores de departamentos e quadros intermédios.

Na semana passada, mais de 700 trabalhadores já tinham aderido às várias medidas voluntárias discutidas entre a empresa e os sindicatos.

De acordo com o mesmo jornal digital, que teve acesso ao contrato que está a ser apresentado pela empresa, os pilotos que passem a part-time não vão poder voar por outras companhias aéreas e qualquer outra atividade remunerada que exerçam tem de ser aprovada pela TAP.

Por outro lado, escreve também o ECO, para tornar as reformas antecipadas e pré-reformas mais apelativas, a companhia aérea decidiu oferecer uma compensação equivalente a 12 meses de salário.

Depois de cinco anos de gestão privada, no ano passado, a TAP voltou ao controlo do Estado, que passou a deter 72,5% do seu capital, depois de a companhia ter sido severamente afetada pela pandemia e de a Comissão Europeia ter autorizado um auxílio estatal de até 1200 milhões de euros à transportadora aérea de bandeira portuguesa.

No total, até 2024, a companhia deverá receber entre 3414 milhões de euros e 3725 milhões de euros.

ZAP // Lusa

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