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Bruxelas pode aprovar 463 milhões para a TAP em breve (e plano de reestruturação entre abril e maio)

Tiago Petinga / Lusa

O presidente do Conselho de Administração do Grupo TAP, Miguel Frasquilho

O chairman da TAP, Miguel Frasquilho, disse, em entrevista ao Jornal de Negócios, que Bruxelas deverá autorizar uma ajuda de 463 milhões nos próximos dias. O plano de reestruturação deverá ser aprovado entre abril e maio.

Em declarações ao Jornal de Negócios, Miguel Frasquilho, chairman da TAP, disse que “as reuniões têm decorrido num clima construtivo e positivo, e que a métricas do plano, grosso modo, não foram colocadas em causa”. “A minha sensação é que a Comissão Europeia considera o plano sólido, credível e resiliente“.

Assim, a TAP espera que Bruxelas aprove o plano de reestruturação entre abril e maio.

O Governo pediu o apoio intercalar a Bruxelas de 463 milhões de euros e, em relação à resposta, a “expectativa é que possa demorar uns dias, até ao final de março”. “A Comissão Europeia costuma ser célere na apreciação destes pedidos”, disse Miguel Frasquilho, acrescentando que este apoio deverá ser suficiente para “uns meses”.

Segundo Miguel Frasquilho, a Comissão Europeia “ficou muito agradecida com os acordos de emergência com os sindicatos” e considerou que as estruturas sindicais “tiveram sentido de responsabilidade”. “No atual contexto não há soluções boas, há as menos boas, mas necessárias”.

Cerca de 600 trabalhadores da TAP aderiram às medidas voluntárias, como reformas antecipadas, pré-reformas, rescisões por mútuo acordo e part-time. “A que tem tido maior adesão são as rescisões por mútuo acordo”, explicou.

Sobre um possível despedimento coletivo na empresa, o presidente do conselho de administração sublinhou que “se essa possibilidade for colocada, foi única e exclusivamente para assegurar o futuro da TAP“.

Em relação aos novos Acordos de Empresa, Miguel Frasquilho disse que “a TAP, em termos de resultados, vai ter de mudar de vida”. A partir de 2025, “os salários voltam a ser os de 2019, mas a produtividade e a eficiência vão ter de ser maiores“, até porque até 2031 “a TAP tem de caminhar por si própria”.

Maria Campos, ZAP //

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