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Presidente executivo da TAP acredita que ainda é possível evitar despedimentos

Ramiro Sequeira, presidente executivo da TAP

O presidente executivo da TAP acredita que ainda é possível chegar a acordo com os trabalhadores e evitar despedimentos.

Numa entrevista ao programa “Tudo é Economia”, da RTP3, Ramiro Sequeira anunciou que a companhia aérea decidiu prolongar o prazo de adesão dos trabalhadores às medidas voluntárias, dando-lhes mais dez dias, até 24 de março.

“Decidimos ampliar o prazo de fecho das medidas voluntárias que terminava no dia 14. Temos mais dez dias, porque sentimos que as pessoas precisavam de mais tempo”, declarou o presidente executivo da TAP, que acredita que ainda é possível chegar a um acordo que evite despedimentos.

“É possível, mas depende do comportamento das medidas voluntárias e desta fase muito importante de tentar chegar a acordo com os trabalhadores que tenham de sair”, acrescentou.

Neste momento, 800 trabalhadores têm de sair da TAP, preferencialmente de forma voluntária, e para já, segundo adiantou o presidente executivo, 500 já aceitaram aderir a estas medidas, embora não tenha adiantado quais as modalidades escolhidas.

Segundo Ramiro Sequeira, o despedimento coletivo “é a última das opções”, mas não está descartada, porque continua tudo em aberto. “Há-de haver sempre diálogo para que, a ter de haver saídas, seja através de dialogo e por mútuo acordo”, afirmou.

Na mesma entrevista, o responsável garantiu ainda que, desde que assumiu a presidência de forma interina, nunca esteve em cima da mesa o cenário de falência da transportadora portuguesa.

“A partir do momento que assumi este pelouro interinamente, como é sabido, focámos 100% das nossas energias em fazer um plano – que tinha uma data limite para ser entregue em Bruxelas, 10 de dezembro – e com a ajuda de todos conseguimos fazê-lo“, declarou.

Relativamente ao futuro da Groundforce, na qual a TAP detém 49,9% do capital, o responsável reconheceu que a situação é difícil e que, neste momento, no setor da aviação, “nenhum cenário está descartado em nenhuma empresa”.

O Governo português continua a afastar o cenário de nacionalização da empresa de handling, mas a verdade é que está tudo em aberto, havendo inclusive a possibilidade de insolvência.

Filipa Mesquita, ZAP //

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