A I Liga vai continuar sem público nos estádios até meio de maio e o Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 também não contará com adeptos. Quanto aos estabelecimentos de ensino – e já depois de creches, jardins de infância e escolas do 1.º ciclo terem reaberto – qualquer retrocesso será sempre nacional.
O Governo esclareceu ao Expresso: até ao fim deste período de desconfinamento, os jogos da Liga Portuguesa de Futebol e o Grande Prémio de Fórmula 1 “não terão público“.
Ao contrário do que admitiu esta quinta-feira o secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo, numa entrevista à Bola, o mais provável é que a época termine sem adeptos nas bancadas, uma vez que o campeonato de futebol acaba no dia 19 de maio e a final da Taça de Portugal está marcada para dia 23 do mesmo mês.
Já o Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1, previsto para 2 de maio, também não contará com adeptos, ao contrário do que aconteceu no ano passado.
Nas respostas enviadas ao semanário, o Executivo esclareceu ainda que, em relação às escolas, a lógica de se optar pelo desconfinamento nacional e confinamento local, não se aplica às escolas, tal como foi sugerido pelos peritos.
“As medidas relativas às escolas devem ser sempre de âmbito nacional“, o que significa que os estabelecimentos de ensino só encerram a nível concelhio nos casos em que existam surtos.
Os casamentos e batizados podem ter de ser sujeitos a uma “avaliação de risco, pelas autoridades de saúde locais, para determinação da viabilidade e das condições da sua realização”.
A matriz de risco que cruza a incidência e a transmissibilidade para monitorizar a situação em Portugal Continental será atualizada à segunda, quarta e sexta no boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O Executivo explicou que ultrapassar uma incidência de 120 casos por 100 mil habitantes em 14 dias e ter um Rt acima de 1 não é sinal de um travão ou recuo imediato, até porque “a passagem de um estado, ou de uma cor, para outro não é direta“.
“Só uma subida consistente da incidência nos coloca claramente numa zona amarela, que, como explicado, obriga a rever o calendário de desconfinamento”, explicou o Governo. De 15 em 15 dias, a situação epidemiológica será avaliada em Conselho de Ministros e as decisões serão ajustadas em função do cenário.
Além da incidência e da transmissibilidade, o Governo está a monitorizar em permanência outros indicadores sugeridos pelos peritos, como o número de camas em cuidados intensivos e o rastreio de contactos.
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