O Little Foot passou por momentos difíceis no início da sua vida. Uma nova investigação revelou que o fóssil tem sinais nos dentes que sugerem que foi privado de comida ou que esteve gravemente doente durante a sua infância.
Catalogado oficialmente como Stw 573, o Little Foot tem sido objeto de estudo por parte de cientistas de todo o mundo, que se têm vindo a debruçar no fóssil ao longo dos anos.
Recentemente, escreve o Europa Press, uma equipa de cientistas concluiu que microestruturas observadas no esmalte dentário do fóssil indicam que o Little Foot sofreu dois períodos distintos de stress alimentar ou doença durante a sua infância.
A equipa, liderada por Amélie Beaudet, do Departamento de Arqueologia da Universidade de Cambridge e investigadora da Universidade de Witwatersrand, também conseguiu observar e descrever os canais vasculares do osso da mandíbula.
Estas estruturas podem revelar importantes detalhes sobre a biomecânica da alimentação do indivíduo e da sua espécie. O padrão de ramificação dos canais indica que, no caso do Little Foot, terá ocorrido alguma remodelação, provavelmente em resposta a mudanças na dieta.
O artigo científico, publicado recentemente na eLife, também adianta que os cientistas observaram minúsculos canais (com menos de 1 mm) na caixa craniana, que poderão ter estado envolvidos na termorregulação do cérebro.
Este detalhe interessa particularmente aos cientistas. O tamanho do cérebro aumentou dramaticamente ao longo da evolução humana e, como é muito sensível a mudanças de temperatura, é de interesse primário entender como evolui a regulação da temperatura.
A líder do estudo, Amélie Beaudet, disse que foi uma “grande surpresa” o fóssil ter sido tão bem preservado, ao ponto de ser possível apurar tais detalhes.
Penso não tratar-se de um ancestral humano e sim uma aberração, fruto de espécies diferentes, tal qual uma mula que é o resultado de um cavalo com uma jumenta.