Ascenso Simões considera que “a nossa História precisa de ser descolonizada”. Assim, defende que o Padrão dos Descobrimentos devia ter sido “destruído” e sugere que “devia ter havido sangue” no 25 de Abril, embora não de forma literal. Agora, o Chega confronta António Costa.
Perante as afirmações que o deputado socialista escreveu no seu artigo de opinião no Público, o Chega enviou uma carta a António Costa, enquanto secretário-geral do PS, questionando-o se mantém a confiança política no deputado à Assembleia da República eleito pelo círculo de Vila Real.
“Questiono-me como um militante e deputado do PS pode escrever tais aberrações sem que esse mesmo partido venha a público demarcar-se das mesmas. Terá o PS esquecido o seu papel na luta contra a ditadura?”, questiona o chefe de gabinete de André Ventura no Parlamento, Nuno Afonso, que assina a carta.
Num texto publicado na passada sexta-feira intitulado “O Salazarismo não morreu”, Ascenso Simões fala sobre quatro casos que, na sua perspetiva, representam “tempos de retorno ao Salazarismo mental português”.
Refere-se assim à criação de um museu na terra natal do ditador, a defesa da ideia de Portugal deve intervir na situação de guerra que se vive em Cabo Delgado (Moçambique), a petição da Nova Portugalidade contra a remoção dos brasões florais da Praça do Império, e a discussão sobre a contribuição de Marcelino da Mata na guerra colonial.
Neste sentido, o segundo vice-presidente do Chega diz acreditar que os comentários de Ascenso Simões tenham “envergonhado” o PS e desafia o partido a vir “repudiar” a atitude do deputado, tendo em conta “o seu peso histórico na democracia portuguesa”.
O dirigente do Chega considera que se trata de uma atitude “perigosa” do deputado avisando que “querer-se reescrever a história não é democrático; saber conviver com ele, sim, é”.
Nuno Afonso deixa um desafio a António Costa: “Resta-me questionar o PS se manterá a confiança política num militante e deputado que mostra desprezo pela história de Portugal, pelos homens e mulheres que construíram a nação que hoje temos que, não sendo perfeita – nenhuma o é – é o resultado da nossa evolução enquanto povo”.
É pena que o Chega não comenta a fuga aos impostos da EDP, o nosso auto-intitulado “campeão da luta contra a corupção” anda bem calado sobre o assunto! Será o Ventura por detrás da fusão, e da empresa fantasma da EDP?
Costa já informou o Chega que, Ascenso Simões, será condenado à morte por enforcamento.