A Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG) e a Infraestruturas de Portugal assinaram, em 2019, um protocolo para a construção de um memorial.
De acordo com o Diário de Notícias, o concurso público foi lançado na semana passada pela IP – Infraestruturas de Portugal. O projeto é da autoria do arquiteto Eduardo Souto de Moura e terá um custo de 1,8 milhões de euros.
“No lugar que ardeu é preciso encontrar água, água de reserva, para futuros incêndios. A poesia pode vir a seguir”, foi assim que Souto de Moura descreveu o memorial de Pedrógão Grande ao diário, mas nem todos olham com bons olhos para o projeto.
Há pessoas que consideram o valor exagerado, principalmente tendo em conta o que ainda é preciso fazer na região, quase quatro anos depois dos incêndios que a devastaram. Há, por outro lado, quem defenda que a memória e homenagem é necessária.
Dina Duarte, presidente da Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, disse que o arquiteto “aceitou fazer o projeto pro bono” e que o memorial foi “aprovado pelos familiares das vítimas, em assembleia geral”.
A empreitada prevê “a construção do memorial, os acessos rodoviários, que inclui uma zona de inversão de marcha para circulação proveniente de sul e renovação da paisagem marginal da EN [estrada nacional] 236-1”, afirmou fonte oficial da IP, em resposta à Lusa no dia em que o anúncio do concurso foi publicado em Diário da República, a 10 de fevereiro.
O DN avança ainda que serão também plantadas um conjunto de diferentes espécies arbóreas autóctones, na mesma estrada nacional onde morreu a maioria das vítimas.
Incêndio em Pedrógão Grande
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Um país pobre vai gastar 1.8 milhões de euros neste elefante branco!? Quanto mais se irá gastar na conservação? Não há dinheiro para a educação e saúde mas para isto há? Não há dinheiro nem planeamento, limpezas florestais e etc mas para gastar o dinheiro do contribuinte em algo inútil já há? Estes socialistas enquanto não destruírem a independência do país e do povo não descansam…. porque não bastou as 3x o FMI ? Que activos o país vai dar aos credores? Que impostos serão aumenados ou criados para pagar a divida pública ou a dívida externa?
Não houve dinheiro, ainda, para reconstruir todas as casas sinistradas e indemnizar todas as vítimas dos incêndios e pensa-se num memorial com este custo?!! Não seria preferível um memorial menos megalónomo e usar todo esse dinheiro para construir, naquelas aldeias mais expostas, (a uma futura, não muito longínqua tragédia) infraestruturas que permitam às suas populações enfrentarem, de algum modo, a fúria das chamas? Talvez tanques, no centro das aldeias, providos com mangueiras com dimensões adequadas porque ver as pessoas tentando apagar o fogo com pequenos baldes de água vai para além do que é razoável. Muitas pessoas salvaram-se por terem, nas suas propriedades, tanques onde se refugiaram! Agora a construção de um tanque, para inglês ver, com acessos que custam uma pipa de massa não lembra ao diabo! Que cada aldeia construa o seu próprio memorial para ser visitado pelos acessos já existentes. O melhor memorial seria tratar do ordenamento daquela floresta porque, da forma como a vegetação está a crescer, dentro de pouco tempo, teremos nova tragédia e o memorial de nada lhes valerá!
Só disparates e mentiras!…
A água está ali acumulada mas, quando chegar a hora de fazer falta nas aldeias, não haverá um número suficiente de bombeiros para a transportar e as populações daquelas aldeias ficarão, de novo, entregues a elas próprias. A água já existe ali ao lado, acumulada na barragem do Cabril, se a forem lá buscar. O problema para mim está em resolver-se primeiro o problema dos vivos e só depois pensarmos nos que, infelizmente, nenhum memorial ressuscitará! Vamos fazer o contrário do que defendeu o marquês: tratar dos vivos e depois pensarmos nos mortos. Parece-me que estes, também, ficarão mais satisfeitos assim. É muito dinheiro e num próximo peditório o povo português não irá ser tão generoso atendendo ao destino que foi dado ao dinheiro entregue à CM de Pedrogão!! Agora querem redimir-se com o memorial. Não, é preciso obra feita!
Bem… há alturas em que a bebida faz mesmo estragos!…