O sindicato que representa os inspetores do SEF pediu, esta quinta-feira, a demissão do ministro da Administração Interna, acusando-o de mentir na Assembleia da República sobre o papel da PSP e da GNR no controlo de fronteiras.
Em comunicado, o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF) exige que Eduardo Cabrita seja “demitido imediatamente de ministro da Administração Interna por ter mentido”, esta quarta-feira, na Assembleia da República, quando afirmou que a GNR e a PSP estavam a fazer controlo de fronteiras.
Para o sindicato, “as mentiras” de Cabrita e, “sobretudo a intenção de extinguir o SEF”, são motivadas para “evitar a sua própria demissão”.
“Nunca a permanência de um ministro em funções fez tanto mal à segurança de um país, ao controlo de fronteiras e ao prestígio do Estado português como a fuga para a frente que Eduardo Cabrita está a fazer desde novembro”, disse à agência Lusa o presidente do SCIF/SEF, Acácio Pereira.
O sindicalista considera que o governante quer extinguir o SEF “apenas para esconder o facto de não ter feito nada nos oito meses que se seguiram” à morte do cidadão ucraniano nas instalações do SEF no Aeroporto de Lisboa.
“O SEF e o país estão a pagar a fatura de Eduardo Cabrita não ter feito nada, absolutamente nada, durante oito meses para corrigir a falta de investimento do SEF depois da morte do cidadão ucraniano no aeroporto de Lisboa em março de 2020.”
O sindicato sublinha ainda que “a linha vermelha foi passada esta quarta-feira, na comissão parlamentar dos Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, quando o ministro afirmou que a PSP e a GNR estavam atualmente a fazer o controlo de fronteiras.
Segundo os inspetores, a GNR e a PSP estão presentes como habitualmente nas fronteiras, portos e aeroportos com as suas funções próprias, mas “nada disso tem a ver com o controlo de fronteiras assegurado pelos inspetores do SEF”.
“É mentira que a Polícia de Segurança Pública ou a Guarda Nacional Republicana partilhem atualmente as competências de controlo das fronteiras aéreas e terrestres com o SEF”, afirmou Acácio Pereira, frisando que “esta é uma competência exclusiva do SEF, cabendo à PSP e GNR cooperar, como sempre fizeram”.
Já antes, em declarações à rádio TSF, o sindicalista tinha afirmado que essas declarações são falsas e que o ministro “tem a consciência” disso, considerando que Eduardo Cabrita “mentiu deliberamente” aos deputados e aos cidadãos.
O sindicato que representa aquele serviço de segurança chama também a atenção para a forma como o ministro, na mesma audição, se desmentiu a si próprio e retirou qualquer razão para a transferência de competências policiais do SEF para a outras polícias ao afirmar que o SEF “esteve ligado ao melhor da resposta pública dos últimos meses”.
“Eduardo Cabrita é hoje um ministro à deriva que na mesma manhã elogia o SEF e diz que quer acabar com ele”, sustenta o mesmo responsável.
ZAP // Lusa
Mas quem é o Sindicato para exigir a demissão seja de que governante ou governo for? Como s eos Sindicalistas fossem mais sérios que os politicos,Sobre o assassino do imigrante pelos inspetores do SFE do SEF o Sindicato ficou calado, porque? Não convinha?
Isto é um sindicato ou uma organização protocriminosa? Toda gente já se apercebeu que a SEF como corpo possui a mesma mentalidade que a PIDE.
Extinção por completo é a única maneira de dar um sinal a certos bandidos escondidos nas forças policiais, que não são completamente intocáveis. Devem ser atingidos onde dói