Hugo Delgado / Lusa
Luis Díaz e Matheus Uribe foram suspensos por um jogo após terem sido expulsos no encontro entre o Sporting de Braga e o FC Porto, relativo à primeira mãos das meias-finais da Taça de Portugal.
O extremo portista foi expulso na sequência de um lance que causou a lesão grave de David Carmo. A decisão tem gerado muita controvérsia, com muitos a defenderem que não há falta e que o colombiano apenas pisa – livre de intenção – o central bracarense após desferir o remate.
O Conselho de Arbitragem entendeu que Luís Godinho seguiu recomendações da UEFA e, por isso, a decisão é válida. O próprio árbitro tentou explicar isso em campo a Luis Díaz, a colegas de equipa e a membros da estrutura portista.
“Tu rematas à baliza, levas o pé esticado, é sem querer, mas partes-lhe o pé”, disse o árbitro da partida.
Por sua vez, Uribe viu o cartão vermelho após ter dado uma cabeçada em Ricardo Esgaio, já na reta final da partida.
O cadastro praticamente limpo do médio acabou por ter peso na decisão do Conselho de Disciplina da FPF. Com base no número 1 do artigo 55.º e no número 2 do artigo 56.º do regulamento disciplinar, foi aplicada uma circunstância atenuante, que acabou por reduzir a pena em um quarto.
O jornal Record escreve que Díaz foi ainda multado em 306 euros, enquanto Uribe terá de pagar 765 euros.
No Porto Canal, o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, admitiu que, caso Luis Díaz fosse castigado pela expulsão no jogo com o Braga, o clube ia tentar a despenalização do extremo.
“Se depois do Conselho de Disciplina ver as imagens entender penalizar Luis Díaz, naturalmente que o FC Porto tratará de tentar a sua despenalização, mas vamos acreditar que não seja castigado. Foi o lance que foi, com consequências infelizes para o defesa do Sporting de Braga, mas não justificava o cartão vermelho“, afirmou o responsável.
O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, que esteve presente na conferência de imprensa após o jogo, pediu calma e serenidade aos adeptos, embora tenha dito insistentemente que “basta”.
