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SEF garante que Cristina Gatões não é assessora da direção (mas integra grupo de trabalho)

Tiago Petinga / Lusa

Esta terça-feira, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) negou que a ex-diretora Cristina Gatões esteja a assessorar a direção para levar a cabo a reestruturação daquela polícia.

O Diário de Notícias avançou, esta terça-feira, que Cristina Gatões, ex-diretora nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), demitida em dezembro, foi chamada pelo seu sucessor, o tenente-general Botelho Miguel, para o assessorar e integrar um grupo de trabalho que vai reestruturar os vistos gold.

No mesmo dia, a polícia veio desmentir a notícia. “Ao contrário do que vem sendo referido, a Inspetora Coordenadora Superior Cristina Gatões não foi contratada ou nomeada para qualquer cargo” e não se encontra “a assessorar a Direção Nacional no quadro da reestruturação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras”, lê-se no comunicado.

Na nota, o SEF garantiu que, por decisão do diretor nacional do SEF, a inspetora coordenadora superior integra um grupo de trabalho interno que analisa e vai propor medidas no âmbito do regime de autorização de residência para atividade de investimento.

“Este grupo de trabalho é coordenado pela técnica superior do SEF Carla Costa“, esclareceu.

“Exemplo do clima de impunidade”

João Cotrim de Figueiredo, deputado da Iniciativa Liberal, disse que a nomeação da ex-diretora do SEF para um novo cargo no organismo é “exemplo do clima de impunidade e desresponsabilização” que se vive no país.

“Quando o Estado falha não se assacam responsabilidades. Quando responsabilidades são apuradas, ninguém é punido e alguns são recompensados. A origem dos motivos pelos quais o Estado falha com crescente e preocupante regularidade está aqui. Não são os melhores que ocupam os cargos de maior responsabilidade, são os amigos do partido que se protegem mutuamente”, acusou, citado pelo Expresso.

Cristina Gatões demitiu-se em dezembro devido ao homicídio de Ihor Homeniuk. Nesse mês, Cotrim de Figueiredo considerou que a demissão foi “tardia” e insistiu na saída do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

“Esta situação é exemplo de uma das marcas mais nefastas da governação socialista, a degradação do conceito de responsabilidade política. Resta saber também se oministro não assume também responsabilidades, sendo notório não ter condições para permanecer em funções”, disse o deputado liberal.

Liliana Malainho, ZAP //

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