O candidato presidencial do Chega foi esta quinta-feira apedrejado a saída de um comício no Cinema Charlot em Setúbal por algumas dezenas de manifestantes, na sua maioria cidadãos de etnia cigana.
O corpo de intervenção da Polícia de Segurança Pública esteve no local e forçou os manifestantes a dispersarem, em ambiente de grande tensão, exibindo os bastões.
Fonte da PSP no local disse à Lusa que foi detido um dos manifestantes.
Logo após o arremesso de pelo menos uma pedra e outros objetos, os seguranças privados de André Ventura protegeram o candidato até ao interior de uma viatura, que arrancou do local. O jornal Observador precisa que, para além de pedras, foram arremessados isqueiros, ovos e garrafas de água cheias.
Fonte da campanha de André Ventura adiantou ao mesmo jornal que tanto o candidato a Belém como vários elementos da comitiva foram atingidos por vários objetos.
De acordo com a SIC Notícias, pelo menos um repórter de imagem que se encontrava no local foi atingido no joelho por um dos objetos lançados, ficando com ferimentos ligeiros.
“Tentámos até ao fim não exercer a força (…) Na saída para além dos ovos, houve pedras e objetos metálicos, qualquer um deles podia ferir alguém”, disse o comandante distrital da PSP de Setúbal, Viola Silva, em declarações ao canal televisivo, confirmando depois o ferimento ligeiro de um repórter no local.
O Observador conta ainda que, ainda antes de Ventura chegar ao local, já havia manifestantes reunidos juntos do Cinema Charlot em Setúbal. “André Ventura, já foste de trivela” e “Setúbal é terra antifascista” foram algumas das frases proferidas.
Alguns dos manifestantes levantavam cartazes de apoio a Ana Gomes, a antiga eurodeputada que está também na corrida a Belém. A socialista já recorreu à sua conta pessoal no Twitter para se demarcar da situação.
Candidatos reagem às agressões
Também candidato apoiado pela Iniciativa Liberal recorreu ao Twitter para reagir ao protesto que se verificou contra o candidato presidencial do Chega. “Condeno totalmente qualquer forma de violência, ameaça ou coação, venham de onde vierem, dirijam-se a candidatos, jornalistas ou quaisquer outros cidadãos”, escreveu Tiago Mayan Gonçalves.
Na mesma rede social,a candidata presidencial apoiada pelo BE, Marisa Matias, considerou hoje que “não se derrota o ódio com violência”, defendendo antesque este deve ser derrotado apenas “na luta democrática”.
“Não se derrota o ódio com violência. Somos um país melhor do que o candidato da extrema-direita e seremos capazes de o vencer na luta democrática”, pode ler-se numa mensagem publicada no Twitter por Marisa Matias.
ZAP // Lusa
O Ventura pode ser um paspalho, mas não merecia que alguém lhe fizesse isto. Força, Ventura, derruba os teus inimigos e luta pela justiça!
Não tenhas juízo nessa cabeça, não…
Qualquer ataque a integridade física, neste caso de um Candidato (que estou longe de admirar ou apoiar) é altamente condenável e devem ser identificados(as) os autores.
O caso do SEF não deixa duvidas sobre determinada Raça que anda entre n´so. Os Punhos Fechados, as Foices e Martelo e as Bandeiras cheias de Sangue.
Ui, terrorismo. A canalhada do PREC não desa+pareceu no 25 de Novembro, anda por aí escondidas atras do “Capim”.
Apedrejado? Na “Visão” fala-se em atingido por uma caixa de pastilhas! Seja como for este senhor está a colher o que semeou. Claro que toda a violência é de censurar sobretudo porque é antidemocrática, como parece ser o caso deste “senhor de bem”.
A visão referiu caixa de pastilhas , porque maço de algodão soava mal!
Qual caixa de pastilhas? Estás doido???
Ventura tem muitos defeitos e discurso agressivo, muitas vezes intolerante e nada apaziguador, mas nenhum candidato deve ser apedrejado, a violência não se justifica.
Exato! Foi o que escrevi na primeira vez, mas há aqui muito machismo…!!!
Isto só prova que devemos ter muito medo da extrema direita, mas muito medo também da extrema esquerda. Qualquer destes lados enche a boca com a palavra “democracia” mas no fim leva-nos para a ditadura.
Os candidatos de esquerda não são atacados com violência, porque aqueles que eles odeiam (direita) , vontade não lhes falta, mas não descem tão baixo.