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Medina e Vieira da Silva em lista de apoio a Marcelo. Albuquerque diz que “é o único voto recomendável”

Andre Kosters / Lusa

Vinte e um autarcas, deputados e ex-governantes socialistas decidiram manifestar apoio a Marcelo Rebelo de Sousa. Os signatários da lista acreditam que Marcelo assumirá num segundo mandato “atitude idêntica” à do primeiro.

A declaração de apoio publicada pelo semanário Expresso é assinada por 21 autarcas, deputados e ex-governantes socialistas. Destes, 13 são presidentes de câmara.

Na lista figura-se o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina; o presidente da câmara de Gaia e da Área Metropolitana do Porto, Eduardo Vítor; o presidente da câmara de Coimbra, Manuel Machado; o presidente da câmara de Sintra, Basílio Horta; a presidente da câmara de Portimão, Isilda Gomes; e o presidente da autarquia de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita.

A lista inclui ainda os ex-ministros José António Vieira da Silva, Pedro Marques e Correia de Campos, o ex-secretário de Estado, Bernardo Trindade, e os deputados João Azevedo, de Viseu, Jorge Gomes, de Bragança, e Paulo Cafôfo, deputado na Assembleia Regional da Madeira.

Estas figuras políticas assumem que “a principal razão” que os leva a apoiar a recandidatura do atual Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa é o facto de confiarem “que as continuadas afirmações do candidato Marcelo Rebelo de Sousa de assumir idêntica atitude num eventual segundo mandato lhe dão particular capacidade para merecer o voto popular”.

Para os signatários, o primeiro mandato de Marcelo “foi pautado, no essencial, pelo respeito e valorização do quadro constitucional vigente, pela dignificação externa do país, pela promoção da estabilidade política e do diálogo político e social, e por um continuado empenhamento na mobilização dos portugueses para a defesa dos interesses nacionais e para o combate a diversas adversidades que marcaram os últimos anos”.

Em declarações ao Expresso, o ex-ministro do Trabalho nos Governos de José Sócrates e de António Costa, José António Vieira da Silva, disse que, além de fazerem um balanço “positivo” do primeiro mandato de Marcelo, a tomada de posição “também é muito influenciada pelas circunstâncias” que o país vive e que pedem um Presidente da República que seja um garante “de estabilidade, de confiança e esperança”.

“Penso que nenhum de nós votou Marcelo há cinco anos”, assumiu, acrescentando que hoje está convencido de que a leitura “positiva” que fazem do primeiro mandato “é a leitura feita pela maior parte dos socialistas”.

 

O signatários recordam que “quem os portugueses escolherem para PR terá a enorme responsabilidade de contribuir, na esfera das suas competências constitucionais, para apoiar o combate à crise provocada pela pandemia do covid-19 e para mobilizar o país para uma recuperação económica e social decisiva para moldar o nosso futuro coletivo nas próximas décadas”.

A declaração refere ainda “a ameaça de correntes e movimentos políticos que representam o regresso a um quadro político de retrocesso dos valores democráticos, de empobrecimento de avanços sociais e civilizacionais e de cedência a diversas formas de intolerância e discriminação”.

Miguel Albuquerque apela ao voto em Marcelo

O presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, apelou esta terça-feira ao voto em Marcelo, mas defendeu que as eleições presidenciais deviam ter sido adiadas, acusando a esquerda de “insensibilidade” ao impedir o adiamento em período de pandemia.

“O país e os portugueses enfrentam hoje uma realidade pandémica sem paralelo desde março de 2020, com uma forte pressão na resposta dos serviços de saúde, a par de uma crise económica e social, que deveriam ter sido justificação suficiente para o adiamento das Eleições Presidenciais do próximo domingo, dia 24 de janeiro”, lê-se num comunicado do PSD/M.

Miguel Albuquerque sublinha que “a insensibilidade partidária, em especial dos partidos de esquerda, impediu o natural adiamento, ficando óbvio que a participação eleitoral dos portugueses pode estar comprometida. Ficando óbvio, também, que uma abstenção muito elevada apenas ajudará o PS, com a diminuição da legitimidade do Presidente eleito, num mandato que será determinante para todos os portugueses”.

Apesar dessa constatação, o presidente dos sociais-democratas madeirenses diz também ser “óbvio que Portugal precisa de um Presidente da República capaz de assumir-se como a antítese desta esquerda sem princípios e sem visão, e que exerça as funções de Estado e de soberania para com todos os portugueses, vivam estes no território continental ou nas Regiões Autónomas”.

“Neste enquadramento, o voto em Marcelo Rebelo de Sousa é o único recomendável, porque é o único capaz de derrotar a esquerda anti-autonomista que ainda manda em Portugal”, refere, esperando que “esta reeleição seja uma nova oportunidade do aprofundamento e do respeito pela autonomia, onde desta vez o Presidente da República deverá ter um papel ativo na defesa do povo madeirense”.

Maria Campos, ZAP // Lusa

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