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Grávidas que vão para o hospital devem deixar comida feita para os maridos. Diretrizes de Seul geram críticas

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As novas diretrizes do governo da cidade de Seul, na Coreia do Sul, estão a gerar polémica. As orientações aconselham as grávidas a deixarem roupas limpas e comida já feita para os maridos e filhos e detalham formas peculiares para regressar ao peso que tinham antes da gravidez.

As diretrizes do governo de Seul, que foram entretanto eliminadas, foram publicadas online pelo centro de informação sobre gravidez e nascimentos. De acordo com o Korea Herald, citado pelo britânico The Guardian, o conteúdo terá sido supervisionado pela Sociedade Coreana de Obstetrícia e Ginecologia.

As orientações incluíam dicas para diferentes fases da gravidez. Na fase inicial, por exemplo, era sugerido que as grávidas evitassem adiar as tarefas domésticas, já que executá-las poderia contribuir para a manutenção de um peso saudável.

“Pendure as roupas que usava antes de engravidar num lugar onde sejam fáceis de ver. Isso irá motivá-la a manter o seu peso sob controlo e a voltar ao mesmo peso que tinha antes de dar à luz”, lia-se.

Era também sugerido que, à medida que o dia do parto se iria aproximando, as mulheres fizessem uma revisão ao frigorífico e deitassem ao lixo a comida que estivesse a entrar no limite do prazo de validade. As grávidas deviam também preparar três ou quatro refeições, como caril ou sopa, para que os maridos “que não estão habituados a cozinhar” pudessem aquecer a comida já preparada.

Na nota do governo da cidade sul-coreana lia-se ainda que as grávidas deviam comprar “uma fita para o cabelo para que não fiquem despenteadas depois de terem o bebé”.

A nota aconselhava também a deixarem preparadas mudas de roupa para o marido e filhos. “Como estará no hospital cerca de três a sete dias, deve deixar preparada roupa interior limpa, meias, camisas, lenços e agasalhos na gaveta, para que o seu marido e filhos possam mudar.”

A agência de notícias sul-coreana Yonhap adianta que o público feminino não ficou contente com as diretrizes e questionou se o governo ainda acha “que as mulheres casadas são as governantas dos maridos“.

“É difícil respirar até ao final da gravidez, e eles ainda esperam que preparemos roupas íntimas e comida para os nossos maridos?!”, questionou uma utilizadora, numa rede social.

Liliana Malainho, ZAP //

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