Apesar de o Governo já ter dado certezas de um novo confinamento, Marcelo Rebelo de Sousa e Ana Gomes vão manter alguns compromissos da sua agenda. Já Vitorino Silva anunciou o cancelamento da sua campanha.
Fazer campanha num país confinado pode não ser uma tarefa muito fácil. Marcelo Rebelo de Sousa ainda não sabe em que linhas se vai marcar a sua campanha nos próximos dias, porém já decidiu os dias em que vai sair à rua. Contudo, o atual presidente prescindiu dos tempos de antena.
O recandidato vai fazer campanha de rua durante quatro dias, entre Lisboa, Porto e Celorico, embora ainda não saiba de que forma esta se vai desenrolar. Marcelo tinha previsto visitar livrarias, instituições sociais e andar pelos cafés, mas, com o país em confinamento geral, vai ter que encontrar alternativas. Neste sentido, as escolas podem ser uma hipótese, mas nada é certo.
De acordo com o Expresso, Marcelo Rebelo de Sousa prescinde dos tempos de antena na televisão e na rádio. A razão invocada pelo Chefe de Estado é evitar expor uma disparidade entre as imagens da sua história recente como Presidente e as dos outros candidatos. O facto de Marcelo não ter estrutura de campanha, e de sentir que o grosso da sua campanha está feita, também terá contribuído para esta decisão, escreve o jornal.
A partir de dia 18, Marcelo sai do período de cautela profilática que lhe foi recomendado pelas autoridades de saúde após saber-se que tinha tido contacto com uma pessoa infetada, e no dia 19 arranca ao volante do seu carro. A breve campanha está marcada para os dias 19, 20, 21 e 22 de janeiro.
Esta segunda-feira dá uma entrevista ao podcast de Daniel Oliveira. Na terça, tem reunião no Infarmed de manhã, recebe os partidos em Belém à tarde, e à noite estará no debate com todos os candidatos presidenciais na RTP.
Já na quinta-feira dá uma entrevista à Antena 1. Por fim, no dia 20, terá um último debate com Vitorino Silva no Porto Canal.
Preocupado com a abstenção, que o confinamento geral tenderá a agravar, Marcelo Rebelo de Sousa confia, no entanto, que os eleitores acabem por ir votar, aproveitando a possibilidade de desconfinamento permitida no dia das eleições.
João Ferreira manteve os planos. O candidato começou ontem o período de campanha oficial, no Coliseu do Porto – com um terço da lotação total, conforme mandam as regras da DGS, avança o Observador.
O comunista diz que “não minimiza por um segundo as justas preocupações e inquietações que o atual contexto suscita nas populações”, mas frisa que sabe “o que está em causa nas eleições” e que “não desistirá de fazer o trabalho necessário para assegurar o esclarecimento e a mobilização necessários ao voto”.
No seu discurso no Porto, acrescentou ainda que “não desistirá de ir com a voz da candidatura a cada canto deste país” e, através dos meios de que dispõe, chegar também às “comunidades na diáspora”. João Ferreira não tenciona desistir da corrida nem abdicar de marcar presença de norte a sul. A agenda, como é sabido, está sujeita às contingências a anunciar na terça-feira.
Já Ana Gomes, ao contrário de outros candidatos, não participou em qualquer ação de campanha este domingo, dia do arranque oficial da corrida presidencial e admitiu cancelar todas as ações até serem tomadas as medidas de reforço do combate à pandemia.
Contudo, a candidata decidiu que esta segunda-feira volta ao terreno com uma visita programada para o centro de saúde de Mem Martins. A socialista irá participar, de forma remota, no encontro com os especialistas de saúde, à semelhança dos outros candidatos presidenciais, avança o Expresso.
Em comunicado de última hora, a direção de campanha avisou, entretanto, que serão realizadas duas iniciativas esta segunda-feira. Ana Gomes estará no centro de saúde de Mem Martins, de manhã e no final do dia participará num debate online com estudantes de Medicina.
O candidato presidencial Vitorino Silva anunciou, este domingo, que vai cancelar as ações da sua campanha eleitoral durante o novo confinamento a partir de quinta-feira, devido à pandemia de covid-19.
Questionado pelos jornalistas, em Peniche, o candidato respondeu que vai cancelar as ações de campanha previstas para os dias do novo confinamento que se avizinha. “Eu pertenço ao povo, não quero mordomias”, justificou, explicando que, se o povo estiver confinado em casa, ele também estará.
Tino de Rans considerou que as eleições deveriam ter sido “adiadas logo em Setembro” e, tendo em conta a evolução da situação pandémica no país, defendeu que “não há condições” para os portugueses irem votar no dia 24.
No primeiro dia de campanha, o candidato às eleições presidenciais parte com o objetivo de arrecadar mais votos do que há cinco anos.
Deixo aqui um ponto importante, mais uma vez os cidadaos Portugueses sao tratados de modo diferenciado e estas eleicoes, mais umas onde a democracia nao funciona. Um eleitor que esteja inscrito fora de Portugal e em condicoes de poder exercer o seu direito ao voto, se o nao puder fazer presencialmente fica impedido. Exemplo pratico, cidadao Portugues inscrito no Reino Unido mas que sabe antecipadamente que nao pode votar presencialmente no R.U. nao pode antecipar a sua votacao por impedimento. Estando a data da eleicao em Portugal esta vedado o poder exercer esse direito e dever!