Uma equipa de cientistas descobriu que a atividade cerebral durante o sono é quase idêntica à atividade cerebral durante os efeitos da anestesia geral.
Durante vários anos, os médicos têm usado a perda de consciência como um método para realizar cirurgias, através da anestesia geral. No entanto, explicar a consciência humana é um dos maiores desafios para a comunidade científica.
Levar a cabo uma experiência em que a única variável é a própria consciência é muito difícil e, se tal não for alcançado, os resultados de qualquer estudo podem simplesmente falhar, devido a fatores adicionais que afetam a atividade cerebral.
Recentemente, uma equipa de cientistas da Universidade de Turku, na Finlândia, examinou cérebros de alguns participantes utilizando tomografia por emissão de positrões (PET): foi obtida uma imagem durante o estado de vigília, o sono e sob dois tipos diferentes de anestésico.
Os fármacos da classe dos anestésicos usados foram propofol ou dexmedetomidina, administrados em incrementos periódicos até que os pacientes parassem de responder. Quanto ao sono, os participantes foram autorizados a adormecer naturalmente. Depois dos períodos de inconsciência, os pacientes foram submetidos a entrevistas.
De acordo com o EurekAlert, os investigadores descobriram que a atividade cerebral em muitas regiões do cérebro era semelhante, independentemente do mecanismo usado para tornar o paciente inconsciente.
Durante os testes, a imagem PET encontrou atividade no tálamo, córtex cingulado e giro angular. A atividade análoga nestas partes do cérebro levou os cientistas a concluírem que estas regiões constituem uma espécie de rede cerebral central fundamental para a consciência humana.
O artigo científico foi publicado no final de dezembro na JNeurosci.