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Modelo 3D pode confirmar explicação altamente contestada para morte de cientista nuclear iraniano

O assassínio do principal cientista nuclear do Irão foi modelado por analistas de código aberto, possivelmente confirmando a história oficial de como o crime fo concretizado.

Quando Mohsen Fakhrizadeh foi assassinado em novembro de 2020, as tensões na região aumentaram repentinamente e o Irão declarou oficialmente que o crime foi feito com uma metralhadora controlada por satélite.

Esta história oficial foi altamente questionada pela comunidade internacional, mas graças a um novo modelo 3D de código aberto, a sua validade ganhou alguma força, segundo escreve o Interesting Engineering.

O modelo 3D foi criado por um grupo de analistas online, conhecido como OSINT (Open-Source Intelligence). Todos os dados usados ​​no modelo estavam – e estão – disponíveis gratuitamente e podem ser vistos em todo o modelo 3D.

O modelo em si, que foi feito no Unity, um motor de jogo, por um utilizador com o nome de “Putin Is A Virus”, cria uma recriação altamente objetiva da cena do crime.

O modelo fornece uma variedade de caminhos que cada uma das cinco balas poderia ter percorrido, muitos deles parecendo indicar a localização singular de uma metralhadora montada num caminão.

O analista utilizou um método conhecido como mapeamento de projeção para mapear com precisão as trajetórias dos buracos de bala no Nissan Teana danificado, que foi modelado em 3D a partir de imagens na cena.

Além da história oficial do Irã, a comunidade internacional especulou que o assassinato foi cometido por uma tripulação de pistoleiros. O novo modelo 3D, no entanto, parece sugerir que havia um único local de tiro possível para todos os buracos de bala.

Por outro lado, modelo 3D não confirma definitivamente a história oficial da metralhadora via satélite. Por causa de todos os caminhos de disparo possíveis variáveis ​​nas cinco balas, ainda existe o potencial para fontes múltiplas. No entanto, considerando que o modelo 3D demonstra que o modelo oficial pode ser considerado preciso, os analistas estão vendo-o como a realidade plausível dos eventos.

A ideia de uma metralhadora remota controlada por satélite montada na parte de trás de uma carrinha não é tão absurda quanto pode parecer. Na verdade, segundo o portal, já existem armas com essas especificações exatas, como o Smash Hopper, um sistema de disparo remoto da empresa SmartShooter.

Apesar de exitirem todos estes dados de código aberto, o Governo iraniano guardou rigidamente todas as informações sobre o evento. Isso deixa os analistas e a comunidade de inteligência internacional a tentar preencher as lacunas deixadas entre os dados publicamente disponíveis.

Maria Campos, ZAP //

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