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Plano de reestruturação da TAP prevê saída de 2.000 pessoas e corte de 20% nos salários

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O plano de reestruturação da TAP prevê um corte na massa salarial de 20% a 30% e um corte mínimo de 20% na remuneração dos trabalhadores que ficam, avança o jornal ECO.

O jornal económico adianta que o corte na massa salarial corresponderá à saída de cerca de 2.000 trabalhadores do quadro – excluindo os que já foram saindo nos últimos meses.

Em relação ao corte mínimo de 20% nas remunerações, o objetivo da administração é proteger os salários mais baixos, fixando um teto mínimo a partir do qual serão aplicados os respetivos cortes, que incidem sobre as remunerações base, mas também os complementos.

A frota da TAP, atualmente com 108 aviões, deverá ser reduzida para um número entre 83 e 89 aviões.

O plano prevê também a reestruturação de contratos de leasing e outro tipo de contratos financeiros, que corresponderão a benefícios financeiros acumulados de 1,5 mil milhões de euros.

O Governo tem até 10 de dezembro para apresentar um plano de reestruturação para a TAP a Bruxelas e quer que este esteja consensualizado com os sindicatos. A administração da TAP e os sindicatos reúnem esta sexta-feira para apresentar o plano de reestruturação.

Na reunião, de acordo com o Jornal Económico, a administração da TAP vai também comunicar a suspensão do regime de lay-off, medida que afeta os cerca de nove mil trabalhadores da companhia aérea que estão incluídos no regime de apoio.

Depois de várias rondas negociais, TAP e Estado chegaram a acordo e teve o caminho livre para a compra das participações sociais, direitos económicos e prestações acessórias de David Neeleman e da Azul, pagando 55 milhões de euros. Humberto Pedrosa mantém-se na companhia, com 22,5%. O negócio concretiza a posição de 72,5% do Estado na TAP.

No seguimento da aprovação pela Comissão Europeia de um auxílio estatal à TAP, o grupo aéreo procedeu a uma consulta no mercado para selecionar uma entidade que preste serviços de consultoria, no sentido de auxiliar na elaboração de um plano de reestruturação, a apresentar à Comissão Europeia.

Quando propôs o Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), o Governo estimou que a empresa necessite da totalidade dos 1.200 milhões de euros que foram emprestados pelo Estado. Está ainda previsto um valor de 500 milhões de euros em garantias estatais a conceder à empresa.

ZAP //

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1 Comment

  1. E acabarem com isto de vez?! Portugal não precisa de uma companhia aérea. Precisa de contratos de fornecimento com operadores aéreos. Que eu saiba também não temos uma empresa estatal de cruzeiros e não é por esse motivo que anualmente deixam de chegar muitos milhares de pessoas por esta via a Portugal. Existem muitos operadores aéreos. Portugal deve definir o que pretende e negociar (estilo leilão) com esses operadores. O resto é treta.

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