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Doença de pele misteriosa afeta centenas de pescadores no Senegal. Pode ter “origem tóxica”

Pelo menos 300 pescadores senegaleses regressaram a terra com sintomas de uma doença de pele de causa desconhecida, que poderá ter uma “origem tóxica”.

“Nos últimos dois dias, assistimos ao aparecimento, na zona de Thiaroye [um porto a sul de Dacar], de uma doença misteriosa que ataca pescadores que regressam do mar, a quem frequentemente aparecem lesões”, disse à imprensa o ministro da Saúde do país, Abdoulaye Diouf Sarr, citado pela agência Lusa.

Os meios de comunicação social têm mostrado homens, todos pescadores, com rostos, bocas ou membros com numerosas bolhas.

“Até à data, detetámos mais de 300 casos e a identificação continua, à medida que os pescadores regressam do mar. Destes casos, 18 estão hospitalizados e os outros estão a ser tratados em locais próprios”, explicou o ministro.

O Instituto Pasteur e o centro antiveneno do ministério foram chamados a analisar as causas da doença, acrescentou Sarr.

“O que podemos dizer hoje é que não está de modo algum relacionado com a covid-19, porque os testes foram negativos, e também não vimos a presença do vírus, o que evidentemente nos pode fazer pensar numa origem tóxica”, sublinhou o governante, segundo o qual os serviços ambientais vão analisar a água do mar.

De acordo com o ministro, “não há suspeita” de que a doença seja contagiosa, uma vez que “apenas os pescadores que regressam do mar são afetados”.

Não há também registo de propagação em casa.

ZAP // Lusa

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