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Al-Qaeda ameaça Macron e pede a morte dos que insultam Maomé

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Francois Mori / POOL / EPA

Emanuel Macron na homenagem a Samuel Paty, professor assassinado numa escola em França

O grupo jihadista Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (Aqmi) pediu aos seus seguidores, esta segunda-feira, para matarem qualquer pessoa que insulte Maomé, ameaçando vingar-se do Presidente francês, que defendeu a publicação de caricaturas do profeta em nome da liberdade de expressão.

Matar aquele que insulta o profeta é o direito de todo o muçulmano capaz de o fazer”, escreveu o grupo jihadista num comunicado, em reação às declarações proferidas pelo chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, durante uma cerimónia de homenagem ao professor Samuel Paty, degolado por um extremista, a 16 de outubro, por ter mostrado caricaturas de Maomé aos seus alunos numa aula sobre liberdade de expressão.

Na ocasião, Macron afirmou que França, em nome da liberdade de expressão, não iria renunciar das caricaturas. “Defenderemos a liberdade […] e a laicidade. Não renunciaremos às caricaturas, aos desenhos, mesmo que outros recuem”, declarou então.

No domingo, a televisão árabe Al-Jazeera também divulgou a sua entrevista ao Presidente francês, que afirmou compreender que os muçulmanos fiquem “chocados” com estas caricaturas, mas frisou que elas não justificam a violência.

“Compreendo que se possa ficar chocado com caricaturas, mas nunca aceitarei que se possa justificar a violência. As nossas liberdades, os nossos direitos, é nossa vocação protegê-los”, disse.

Ao longo dos últimos dias, as palavras de Macron têm vindo a desencadear críticas de vários Governos de países muçulmanos, apelos ao boicote de produtos franceses e manifestações de milhares de pessoas, nomeadamente no Bangladesh, no Paquistão e, em menor escala, no Médio Oriente, no Magrebe e no Mali.

Hoje, no Bangladesh, mais de 50 mil pessoas concentraram-se em Daca e alguns manifestantes queimaram figuras representativas de Emmanuel Macron e bandeiras francesas.

“O boicote é um dever, mas não é suficiente”, disse ainda o Aqmi na mesma nota, apelando à “vingança” e classificando como um “mártir” o jovem radicalizado de origem russa chechena que matou o professor Samuel Paty.

“Não esqueceremos as suas ações atrozes”, concluiu o grupo terrorista, dirigindo-se diretamente ao chefe de Estado francês.

Duas semanas depois da morte de Samuel Paty, França testemunhou outro ataque terrorista perpetrado na basílica da cidade de Nice, que causou três mortos e cujo alegado autor é um tunisino de 21 anos, que tinha chegado pouco antes ao país.

França elevou para o máximo o nível de alerta terrorista após o atentado de Nice, o que se traduz num aumento de três mil a sete mil militares a patrulharem as ruas ou guardarem locais estratégicos em todo o país.

O ministro do Interior, Gérald Darmanin, disse, esta segunda-feira, que 16 pessoas suspeitas de radicalização foram expulsas no último mês.

ZAP // Lusa

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5 Comments

  1. Esta agora!? Se há quem seja religioso, de que religião for, que guarde a religião para si e não queira impor aos outros as suas crenças.
    Era o que faltava que a população em geral ficasse condicionada pelas crenças de alguns.
    Se podemos fazer humor e caricaturas com outros assunto, porque não havemos de poder fazer o mesmo com assuntos religiosos?
    Em Portugal e grande parte da Europa já houve tempos em que, sob o pretexto da religião, se cometeram grandes injustiças, crimes e atrocidades. Felizmente esse tempo já passou, pelo menos considerando a intensidade com que ocorreu no passado
    A minha opinião é que o islão é uma anormalidade, assim como são todas as religiões.
    Não tenho nada contar a crença de cada um. Aliás, cada um é que sabe no que quer acreditar e naquilo que lhe dá conformo. Mas a religião é outra coisa. A religião ultrapassa o conceito de crença “privada”. A religião é um conjunto de comportamentos impostos a pessoas por outras pessoas (e não por entidades divinas, como sempre se faz crer – a confirmar isto, basta ver que a forma de praticar a religião muda ao longo do tempo e de acordo com as pessoas que a representam e lideram). A religião tem sido e continua a ser uma forma de domínio de alguns sobre os outros, da pior e mais perigosa maneira possível, pois recorre a conceitos que não têm de assentar em princípios racionais, não têm de ser maioritariamente aceites, e não são de análise livre e individual.
    A minha ideia é que neste momento o islão está ao nível do nazismo ou da igreja católica no tempo da inquisição. Não passa de uma expressão de terrorismo e de uma tentativa de ditadura social.

    • Pois, e acrescento que um criminoso não deixa de ser criminoso por ter motivações religiosas, assim como um crime não deixa de ser crime por se intitular um ato religioso, assim como o censurável não deixa de ser censurável por se inserir numa religião.
      Tem de se perceber que religião em terra de homens não tem privilégios.
      O que dita o lei dos homens é a humanidade, não é a religião.

  2. O problema não será propriamente a religião mas sim o fanatismo. Sabemos que em nome de Deus se cometeram os crimes mais hediondos da humanidade a começar pelas cruzadas contra os muçulmanos, os infiéis. Já na nossa época, a Europa abriu-lhes as portas, sem restrições, porque precisou da sua colaboração. Eles, contudo não abdicaram da sua religião, dos seus costumes que a Europa democraticamente deixou que se impusessem. Parece que há escolas, em França, onde, nas cantinas escolares, é difícil encontrar carne de porco. Mesquitas existem onde os árabes entendem que devem ser construídas. Igrejas católicas nos países árabes parece que nem uma! Este fanatismo é que é intolerável. É pena que, em nome de um Deus se continue, a matar passado mais do que um milénio, em pleno séc.21 !

  3. As religioes e seitas na europa envaziaram… essa gente de religioes e seitas activas virao um local fertil para enfluenciar e penetrar…isto tudo em bom nome da boa vontade de oferecer a essa gente caridade, seguranca socail, abonos, vitimas de um sistema do passado, etc etc…hoje temos as pessoas que trabalham e suportam os governos…e as pessoas de boa vontade que oferecem o dinheiro das nossos impostos a quem nao quer trabalhar, mas ninguem pode criticar, armam se em vitimas e ze tem de fazer se a vida….somos todos racistas, xenofobos, ja nao mandamos na nossa casa….ISTO TEM DE MUDAR… quem nao trabalha ‘e que tem o poder… anda tudo ao contrario, quem sabe tem de ficar calado para nao pertubar os meninos mimados… depois da nesta porcaria e vamos ver como reverter isto ja nao ‘e facil….

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