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Dia dos Fiéis em pandemia: cemitérios fechados ou com cinco pessoas por campa

Face à pandemia de covid-19, as autarquias estão a tomar medidas preventivas para controlar a afluência de pessoas aos cemitérios durante o Dia dos Fiéis Defuntos.

O Dia dos Fiéis Defuntos acontece a 2 de novembro e milhares de portugueses deslocam-se até aos cemitérios para honrar e relembrar aqueles que já não estão entre nós. No entanto, em tempos de pandemia, as circunstâncias mudaram e temos um novo normal.

Neste dia, há cemitérios que não vão abrir de todo, enquanto alguns optam por ter um máximo de cinco pessoas por campa ou visitas de 15 minutos.

Segundo o jornal Público, entre 31 de outubro e 2 de novembro, muitas câmaras municipais e freguesias optaram por manter os portões dos cemitérios fechados.

Barcelos, Espinho, Esposende, Estarreja, Famalicão, Guimarães, Gondomar, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Vila do Conde, Trofa, S. João da Madeira e Vale de Cambra são exemplos de alguns cemitérios que não abrirão portas.

Por outro lado, Amares, Braga, Cascais, Coimbra, Gaia, Marinha Grande, Olhão, Porto, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real, Vila Verde e Viana do Castelo, por exemplo, vão permanecer abertos.

“Não foi uma decisão fácil”, admite Luísa Salgueiro, presidente da Câmara de Matosinhos, um dos municípios cujos cemitérios não vão abrir. “Foi concertada com a autoridade de saúde pública e resulta da situação [epidemiológica]”. Para compensar, alargou-se o horário durante a semana das 7h à 20h.

Alguns municípios decidiram antecipar as restrições, como é o caso de Gondomar, que já este fim de semana não abrirá os 25 cemitérios. “Não tem havido grande contestação”, salienta o autarca Marco Martins.

O padre Manuel Barbosa, porta-voz do Conferência Episcopal Portuguesa, repete o pedido de equilíbrio entre “os imperativos de proteger a saúde pública e o respeito pelos direitos dos cidadãos”. Assim, o padre apela a que os cemitérios estejam abertos, mesmo que com medidas suplementares de proteção.

Os municípios que decidiram manter os cemitérios abertos reiteram o uso de máscara, a higienização das mão, o distanciamento físico e o cumprimento dos circuitos de entrada e saída.

Muitos definiram um tempo limite de permanência. Em Braga, só se pode estar no cemitério durante uma hora. Em Vila Verde, são apenas 15 minutos, por exemplo. Algumas autarquias até pediram às forças de segurança para controlar a situação.

“Tudo tem risco, a questão é como vivemos com ele para que seja o menor possível”, comenta, por sua vez, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, onde os cemitérios manter-se-ão abertos, com um máximo de cinco pessoas por campa.

Já o autarca de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, diz que “não podemos andar a dizer que é preciso restabelecer uma certa normalidade e fechar os cemitérios no único dia em que as floristas podem recuperar”.

ZAP //

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