FC Porto foi “histriónico” e não se portou bem, escreve-se em Manchester

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Martin Rickett / EPA

Jornal inglês alega que os elementos do FC Porto foram exagerados, turbulentos e não tiveram um comportamento adequado. Não há uma única palavra sobre o árbitro.

Na manhã seguinte à derrota (3-1) do FC Porto em Manchester, diante do City, muitos adeptos portistas – e portugueses no geral, acreditamos – ainda acordaram incrédulos depois do que aconteceu nesse jogo da jornada inaugural da Liga dos Campeões. Várias decisões de arbitragem, com destaque para duas, marcaram essa partida.

No entanto, de Manchester, aparece um artigo que sublinha a concentração da equipa de Pep Guardiola, ignora a prestação da equipa de arbitragem liderada por Andris Treimanis e ainda critica as atitudes dos jogadores e dos elementos do banco de suplentes do FC Porto, a quem chamam exagerados.

O artigo surgiu nesta quinta-feira no Manchester Evening News, foi escrito por Tyrone Marshall, que se focou na “redescoberta” que o City conseguiu nos últimos três jogos, contra Leeds United, Arsenal e FC Porto: a sua capacidade em ganhar jogos (ou empatar, contra o Leeds), mesmo quando a qualidade de jogo não é a mais elevada.

Marshall considera que Guardiola estará “encantado” com o triunfo por 3-1 diante do campeão português, num jogo em que foi visível, mais uma vez, que o Manchester City não apresenta o nível que o seu plantel poderia apresentar. Era essencial começar a ganhar numa fase de grupos anormal, em que há jogos praticamente em todas as semanas.

Uma vitória difícil, contra uma “defesa forte” do FC Porto, e que o City teve que lutar muito para conseguir penetrar no sector mais recuado da turma de Sérgio Conceição. Mas o conjunto inglês conseguiu “reafirmar a sua autoridade”, apesar de ter sofrido antes de marcar.

O artigo também critica a postura dos elementos do FC Porto: “O Manchester City teve de lidar com uma equipa turbulenta, dentro e fora do campo. Os campeões portugueses obviamente sentiram que podiam perturbar o City e não são a primeira equipa a sentir que o podem fazer. O histrionismo em campo e no banco de suplentes mostrou o plano de jogo pretendido pelo FC Porto“.

“No entanto, em vez de perderem a cabeça, os homens do City mantiveram o foco e seguraram uma vitória que se tornou ainda mais agradável por causa do comportamento dos visitantes“, acrescenta Tyrone Marshall.

Sobre a arbitragem… Nem uma palavra.

FC Porto cometeu só quatro faltas – duas originaram golos

É um número anormal, seja qual for a competição: em quase 100 minutos de futebol o FC Porto cometeu somente quatro faltas – o problema é que duas delas originaram os dois primeiros golos do adversário.

Entre critérios diferentes e prováveis expulsões evitadas, o maior erro da equipa de arbitragem liderada por Andris Treimanis aconteceu no momento que antecedeu o 1-1, quando foi bem assinalada uma falta de Pepe na área mas ninguém viu (nem o vídeo-árbitro Jochem Kamphuis) o pisão a Marchesín, na mesma jogada. E a outra falta que originou golo, supostamente cometida por Fábio Vieira, é discutível.

No final do jogo, Sérgio Conceição pediu desculpa a todos os árbitros e vídeo-árbitros portugueses, depois do que viu em Manchester.

NMT, ZAP //

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9 Comments

  1. Estão é mal habituados, por cá os arbitros e o VAR estão mais que condicionados nas decisões e a CS anda sempre com eles ao colo.

    • Estás confuso… Olha que isto não são as notícias da segunda divisão europeia… Estamos a falar da Liga dos Campeões e do campeão de Portugal

    • Sr. Telmo. é preciso ser muito estúpido ou muito mal formado para afirmar o que verteu nestas páginas. Eu diria que regurgitou e que até a bílis lhe saiu.

      • Por cá estão habituados a “mandar” nos árbitros e no VAR! O caso dos DEZ minutos extra do jogo com o Maritimo disso são prova, bem como o penalty revertido e a não expulsão do Zaidu bem demonstram! Já o Braga também se pode queixar! E a procissão só vai no adro!!@

  2. Todos sabemos que quando o Porto perde, para o Conceição a culpa é sempre do árbitro, mas neste caso o homem até tem razão. As decisões do Letão e da equipa do VAR não lembram ao diabo.

    • Devo dizer que nem vi o jogo, mas vi as imagens – era difícil não ver, repetidas que foram até à exaustão – e tenho uma opinião muito diferente do coro portista. Dividindo a jogada em dois tempos, o segundo, o penalty, é indiscutível. O primeiro, o do “pisão”? Aí, parece-me claro que não existe qualquer intencionalidade – que seria agressão – e sim um lance de “jogo perigoso”. A pergunta é, quem faz o “jogo perigoso”? É-me indiscutível que o autor é o Marchesin, na minha opinião, o árbitro e o VAR viram o que eu vi. O que a comunicação portuguesa não mostra – vi na espanhola – foi a dupla agressão de Pepe a Sterling, pisão e arrastar de bota no peito do inglês, uma expulsão perdoada. Os espanhóis referem que foi uma falta a lembrar outra, anos atrás, e que custou nove jogos de suspensão ao Pepe. O que a comunicação social portista pretende branquear, é que o FCP de Manchester foi igual ao que perdeu com o Marítimo e empatou – sabemos como – com o Sporting, os oito pontos perdidos em cinco jogos explicam a evidência.

      • Defender com 5 defesas, mais quatro médios a recuar o tempo todo é próprio de uma equipazinha da terceira divisão! O que disse é verdade! O Parte-Pernas Pepe devia ter sido expulso duas vezes! É que também simulou um empurrão na grande área contrária, como é seu hábito fazer em Portugal!! Que é caceteiro e dos bons…toda a gente sabe. Parafraseando o “outro” direi ” Esta soube tão bem”!!!

  3. Você é um ás, ate consegue pormenorizar o que não viu! Olhe meu amigo, se gosta de escrever faça-o com os olhos no papel e não de costas.

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